Mesmo com a chegada da matéria-prima necessária para o início da produção da Covishield, conhecida popularmente como vacina de Oxford/AstraZeneca, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a instituição só conseguirá entregar 1 milhão de doses do imunizante ao Ministério da Saúde em meados de março.
Somente a partir de abril é que o laboratório Bio-Manguinhos conseguirá fornecer vacina em grande escala ao Programa Nacional de Imunização (PNI). As informações foram confirmadas durante coletiva de imprensa da Fiocruz, nesta sexta-feira (5/2).
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Para completar a programação, em fevereiro, a Fiocruz ainda receberá duas remessas. No entanto, como é necessário que haja uma validação das doses finalizadas no Brasil, a maior parte do IFA que chegará até o fim do mês só estará disponível nos postos de vacinação em abril.
"Temos um lote de pré-validação primeiro, pequeno. Depois, três lotes de validação. Ou seja, esse insumo que vamos receber é suficiente para fazer essas validações. Os demais lotes que chegarem em fevereiro serão produzidos só em março, depois dos lotes de validação", explica o diretor de Bio-Manguinhos, Maurício Zuma Medeiros.
Novo aval
Até o momento, a Fiocruz entregou 2 milhões de doses da Covishield ao Programa Nacional de Imunização (PNI). Todas vieram prontas da Índia e o uso emergencial foi autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A permissão não serve para os fármacos que serão envasados no Brasil e, por isso, cabe à agência emitir um novo aval.
"Se pudermos antecipar, anteciparemos. Tudo isso depende do acerto dos procedimentos e de como será o processo inicial de validação junto à Anvisa", disse a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade.
Além da produção a partir da importação do IFA, a Fiocruz se prepara para iniciar a fabricação do zero no Brasil.
As primeiras doses 100% nacionais devem começar a ser geradas em abril, para avaliação, mas só estarão preparadas para distribuição no segundo semestre de 2021, conforme previsão da fundação.