O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, afirmou que a entidade deve decidir "nos próximos dias" sobre o uso emergencial da vacina para a covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca e a Universidade de Oxford. O produto teve sua distribuição suspensa na África do Sul após autoridades de saúde locais reportarem menor eficácia contra a variante do coronavírus surgida no país. Para Tedros, esta é uma notícia "preocupante". O diretor-geral alertou, porém, para o baixo número de pacientes testados no estudo que baseou a decisão do governo sul-africano.
A diretora de vacinas da OMS, Katherine O'Brien, afirmou que o Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas em Imunização (Sage, na sigla em inglês) da entidade "tem visão positiva" sobre o uso emergencial do imunizante da AstraZeneca, mesmo contra as variantes sul-africana, brasileira e britânica. Apesar de reconhecer que a eficácia do produto cai contra as novas cepas do coronavírus, O'Brien afirmou que elas ainda foram capazes de reduzir o número de mortes, hospitalizações e casos graves de covid-19.
"O objetivo atual das vacinas é reduzir os óbitos, internações e casos graves da doença, e isso todas as vacinas entregam, segundo os estudos que conduzimos até agora", explicou o diretor-executivo da OMS, Michael Ryan. Segundo ele, é possível que novas vacinas tenham que ser desenvolvidas no futuro para ampliar a capacidade de imunização contra o sars-cov-2.
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