Jornal Estado de Minas

NEGACIONISMO?

COVID-19: Nove entre cada 10 brasileiros querem ser vacinados, diz pesquisa

Praticamente nove em cada 10 brasileiros pretendem ser vacinados. É o que diz uma pesquisa da Hibou, realizada com mais de 2,5 mil pessoas em todo o país com mais de 20 anos, e traça um panorama acerca dos novos hábitos da população após a pandemia.





O levantamento revelou que 87,4% dos entrevistados afirmou que irá receber a vacina, contra 12,6% que disseram dispensar o imunizante. Pontualmente, por trimestre, 13% acreditam que estarão vacinados até março, 20,4% entre abril e junho, 21,9% entre julho e setembro, e 17,5% entre outubro e dezembro. Apenas 14,6% acreditam que serão vacinados apenas em 2022.

A pesquisa também indagou sobre a confiabilidade das vacinas disponíveis no mercado. Dos que querem ser imunizados, a CoronaVac/Sinovac (71,4%), a Pfizer (64%) e AstraZeneca (59%) são os três imunizantes que lideram o nível de aceitação, seguidos de Johnson&Johnson (37,8%), Moderna (34,4%), Sputnik V (26,2%) e Sinopharm (22,1%). Até o momento, as únicas vacinas aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial no Brasil são as da AstraZeneca e da Sinovac (CoronaVac).

Entre os pouco mais de 12% que dispensam o uso da vacina, 54,4% não tomarão porque não confiam nos imunizantes; 21,3% não acreditam em vacinas contra COVID-19; para 8,5% a substância não é recomendada para o quadro de saúde pessoal; 5,2% já contraíram o vírus; 4,9% não tomaram nenhum tipo de vacina; 3,2% afirmam já se garantir com outros remédios e apenas 2,3% não acreditam na pandemia.





O levantamento também quis saber sobre os hábitos de diversão, trabalho, consumo e rotina após a vacinação e o fim da pandemia. Pouco mais de 33,7% da população pretende virar a noite na balada com menos frequência do que fazia antes do COVID-19, assim como o barzinho com amigos, que deve diminuir o interesse para 27,4%. Por outro lado, os passeios em parques e praças públicas devem estar mais presentes na vida de 41,6% dos entrevistados. O interesse por viagens de avião está maior (32,7%), a viagem a passeio também, com 43,2%, e o almoço em família se tornará 33,9% mais frequente. A visita ao cinema e teatro é interesse para 33,1%, assim como shows e eventos para outros 30%.

A atividade profissional também sofreu grandes mudanças com a chegada da quarentena, principalmente em relação ao seu formato. Pensando nisso, os entrevistados consideram que, após o período de isolamento, atividades como Happy Hour (27,5%), levar marmita de casa (39,2%) e reuniões por computador (26,2%) se tornarão mais frequentes. Já o almoço na rua durante a semana deve se tornar menos frequente para 30,5%.

Outras atividades do dia a dia devem ter uma presença ainda maior na rotina com o fim da quarentena, como cozinhar em casa (36,8%), pedir delivery (27,3%) e andar mais a pé pela cidade (35,3%). Por outro lado, devem ser menos frequentes as rotinas de pegar trem ou metrô (19,6%) e ter os filhos indo à escola fisicamente (15,8%). 





A utilização da tecnologia também terá mudanças: 26,9% farão maior uso de aplicativos de bancos e 16,4% jogarão mais no celular. Diferentemente do início da pandemia, 30,2% pretendem assistir menos lives, 16,4% darão menos importância às maratonas de séries de TV e 21,7% pretendem utilizar menos as redes sociais.

O levantamento ouviu mais de 2,5 mil brasileiros acima de 20 anos, de todas as classes econômicas, sendo 52% casados e 55% mulheres, entre os dias 29 de janeiro e 2 de fevereiro. A pesquisa mostra 95% de significância e margem de erro de 1,9% para mais ou para menos. 

audima