O empresário Eike Batista foi condenado pela juíza federal Rosália Monteiro Figueira, da 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, a 11 anos e 8 meses de prisão por uso de informação privilegiada e manipulação do mercado com as ações da petroleira OGX.
Essa é a terceira condenação de Eike por crimes relacionados ao mercado de capitais. Como se trata de uma decisão em primeira instância, ainda cabe recurso. O empresário também já foi condenado pelo pagamento de propina ao ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e atualmente cumpre prisão domiciliar.
“O acusado demonstrou fascínio incontrolável por riquezas, ambição sem limites que o levou a operar no mercado de capitais de maneira delituosa, com extremo grau de reprovabilidade e indiferença à fragilidade de fiscalização do mercado”, disse a juíza na sentença.
Crimes contra o mercado financeiro e corrupção
A magistrada determinou, ainda, penas de 6 anos e 8 meses de prisão, além do pagamento de multa no valor de R$ 409 milhões pelo crime de uso de informação privilegiada. Já pela manipulação, o empresário deve cumprir 5 anos de prisão e pagar multa de R$ 462 milhões.
Diante dessas condenações, Eike já acumula penas de 28 anos de prisão por crimes contra o mercado financeiro. Ele já foi condenado a outros 30 anos por corrupção em processos relacionados à Operação Lava-Jato.
*Estagiária sob supervisão do subeditor João Renato Faria