Após o Brasil acompanhar o drama vivido pela população de Manaus por causa da grave situação do sistema de saúde local, outras capitais enfrentam situação semelhante. Isso porque Goiânia e Fortaleza, por exemplo, estão operando no limite das respectivas capacidades para internar pacientes graves com COVID-19 em leitos de terapia intensiva.
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Com doses se esgotando, governadores e Congresso cobram Pazuello por mais vacinasPara governadora do RN, festas de carnaval durante pandemia são 'escárnio'Chapecó está em colapso por causa da COVID-19, diz prefeitoTécnica de enfermagem indígena monta hospital de campanha com doações Polícia do Rio investiga aplicação de 'vacina de vento' em três cidadesPrefeito de Chapecó: 'Bilionário ou sem teto, não tem leito pra ninguém'COVID-19: Praia da Pipa (RN) vira exemplo de risco de contaminaçãoOMS aprova uso da vacina de Oxford e AstraZenecaMédia móvel de mortes por COVID-19 fica em 1.092 nesta segunda no BrasilCidades vizinhas de Goiânia, como Luziânia e Senador Canedo, tiveram leitos reabertos pela Secretaria de Estado de Saúde. No primeiro município, foram 10 vagas de terapia intensiva abertas e outras 16 liberadas na segunda cidade citada. Em Mineiros, cinco unidades foram disponibilizadas e 15 em Rio Verde. Com as reaberturas, a taxa de ocupação caiu de 97% para 89% na rede estadual, segundo o governo de Goiás.
Fortaleza, por sua vez, atingiu o nível mais alto de ocupação de leitos de terapia intensiva para adultos desde o pico da pandemia na cidade, em maio de 2020. Naquela época, 95,8% das unidades foram ocupadas, número superado pelos 97,1% desta segunda-feira. Além disso, sete hospitais da capital do Ceará já atingem os 100% da capacidade para pacientes com COVID-19. Se considerado todo o estado, o índice de ocupação é de 92,92%.
Ainda falando sobre estados, Roraima chegou a 98% de ocupação de leitos de terapia intensiva, com apenas duas unidades disponíveis. Há, também, 20 leitos semi-intensivos em todo o estado, que estão ocupados.
Chapecó pede socorro
Nesse domingo (14/02), o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), disse que a cidade está em “estágio de colapso” devido ao número de casos de contaminados pelo coronavírus. O chefe do Executivo municipal afirmou que já estão acontecendo transferências de pacientes para outras localidades, devido à superlotação dos leitos hospitalares.
“Estamos em estágio de colapso, não é mais quase, é colapso. Se você tiver um milhão de reais no bolso agora e precisar internar a sua esposa numa UTI em Chapecó, não vai ter lugar”, advertiu.
De acordo com Boletim Epidemiológico divulgado pela prefeitura de Chapecó nesta segunda-feira, o município, que tem cerca de 224 mil habitantes, tem 19.019 casos confirmados e 157 óbitos, sendo dois registrados no último fim de semana. O boletim informa que 158 pacientes com COVID-19 estão internados na cidade.