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Estado de Minas PORTO ALEGRE

Hospitais de Porto Alegre vivem pior situação desde o início da pandemia

Em manifesto, dirigentes hospitalares fazem apelo às autoridades, pedindo 'medidas mais duras', e apontam possível colapso nos próximos dias


22/02/2021 11:59 - atualizado 22/02/2021 16:43

As autoridades sanitárias da capital gaúcha temem as consequências das aglomerações no carnaval(foto: Joel Vargas/Prefeitura de Porto Alegre)
As autoridades sanitárias da capital gaúcha temem as consequências das aglomerações no carnaval (foto: Joel Vargas/Prefeitura de Porto Alegre)
Em manifesto divulgado nesse domingo (21/02), dirigentes de hospitais e clínicas de Porto Alegre reivindicam das autoridades sanitárias 'medidas mais duras' para conter o avanço da pandemia da COVID-19 na capital gaúcha. "A pior onda desde o início", segundo o documento.

Eles pedem a suspensão das atividades noturnas, como forma de 'eliminar' as aglomerações registradas nas últimas semanas. Temem um colapso para os próximos dias, 'diante das aglomerações registradas durante o carnaval'. Pedem ao governo do estado 'empenho' na aquisição de vacinas para imunização em massa.

"Estamos diante de uma situação de alto risco à toda coletividade. Um cenário que exige, para os próximos dias, decisões duras mas necessárias, a fim de preservar o maior bem: a vida", diz a nota.

A situação na capital gaúcha é gravíssima, com a superlotação dos leitos e serviços de urgência e emergência, com "doentes de todas as idades, chegando em condições cada vez mais críticas, inclusive nas enfermarias". Faltam equipamentos de ventilação mecânica.

A prefeitura publicou também no domingo (21/02), em seu site, que desde o dia anterior estão em funcionamento mais 80 leitos para as emergências. E que nos próximos dias serão disponibilizados mais 100 novos leitos.

Segundo o Executivo municipal, a elevação das internações de pacientes COVID-19 no estado impacta especialmente a capital, que é polo referência e acaba absorvendo grande número de pacientes do interior e da região metropolitana. De acordo com a Secretaria de Saúde do município, 60% das internações na capital são de moradores de outras cidades.

Governo do estado determina medidas mais duras em 11 regiões


"A determinação do governo estadual, estabelecendo Bandeira Preta para Porto Alegre e outros municípios vizinhos a partir de terça-feira (23/02), tornou ainda mais intenso o esforço para ampliar a disponibilidade de leitos na capital", disse o secretário de Saúde, Mauro Sparta.

Ele informou que durante a semana passada inicou negociações com a rede hospitalar para ampliar a oferta de leitos. "Todos esses esforços nos possibilitam enfrentar este momento crítico com mais eficiência e segurança", disse.

O secretário disse ainda que, desde sábado (20/02), Porto Alegre conta com mais 10 leitos de UTI e 70 leitos clínicos, ofertados pelo Hospital Porto Alegre. Estão em fase final de contratação outros 10 leitos UTI e 62 clínicos no Beneficência Portuguesa.

A Santa Casa disponibilizará mais 10 leitos de UTI; o Hospital de Clínicas mais 20, sendo 10 de imediato. Os hospitais Cristo Redentor e Conceição ainda estão definindo com quantos leitos vão reforçar a rede de atendimento.

A partir desta terça-feira, 11 regiões do Rio Grande do Sul terão de respeitar regras ainda mais rígidas para conter a disseminação do coronavírus, segundo determinação do governo estadual.

A situação difere das de meses anteriores, já que a classificação de risco gravíssimo para a rede hospitalar atinge, agora, quase 70% da população gaúcha. Até então, bandeiras pretas (de maior risco) só haviam aparecido duas vezes no mapa do distanciamento controlado.



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