A prefeitura de Chapecó determinou nesta segunda-feira (22/2) o fechamento das atividades não essenciais e determinou o toque de recolher nas ruas do município das 21h às 5h. A cidade do Oeste Catarinense vive situação de colapso em seu sistema de saúde, com ocupação de leitos de UTI acima dos 90%, o que resultou na transferência de pacientes para outras cidades.
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Com 82% das UTIs lotadas, Salvador volta a bloquear praias e clubesSão Paulo e Porto Alegre atingem número mais alto de internações em UTIs Ruas ficam desertas em Araraquara (SP) nas primeiras 24h de 'lockdown total'Mais de 5,9 milhões de pessoas já receberam a 1ª dose da vacina, aponta consórcioDe acordo com o prefeito João Rodrigues (PSD), a guarda municipal fiscalizará as pessoas que descumprirem determinações, como desrespeitar o isolamento ou sair de casa ao longo da madrugada. As exceções no toque de recolher serão aqueles que precisem ir às farmácias ou os trabalhadores que estiverem em final de jornada.
“Vivemos o pior momento da pandemia. Mas não é somente Chapecó. Ele é vivido em todo Oeste de Santa Catatina, no Paraná, na capital catatinense, de forma rápida. Todas as regiões do estado começam a viver esse momento”, afirmou o chefe do Executivo.
Ele disse que os imigrantes vindos de Manaus teriam ajudado a disseminar o vírus por toda a cidade. Mais de 20 pessoas chegam a Chapecó diariamente oriundos de Manaus. São imigrantes que vêm em busca de trabalho em nossa cidade. Mas não vamos culpá-los. Eles vêm por uma região que tem uma nova cepa, cujos médicos apontam uma nova variante. É algo inexplicável”.
Também foram anunciados investimentos para conter a doença. A prefeitura comprou 20 mil testes rápidos para testar a população, com o objetivo de atender a todos ainda no estágio inicial da doença. A administração afirmou ainda que destinou R$ 1 milhão para o Hospital Regional do Oeste. O valor servirá para subsidiar a compra de medicamentos pela unidade.
Chapecó conta com mais de 21,8 mil casos confirmados e mais de 200 mortes, de acordo com o último boletim. No momento, as unidades contam com 196 pacientes distribuídos pelos hospitais da cidade.
Apesar do momento ruim, João Rodrigues descarta lockdown na cidade: “Sempre fui e sempre serei a favor de fechar tudo. Mas nesse momento não prevalece a minha opinião pessoal. Nossas unidades de saúde continuam lotadas e o número de pessoas com problemas crônicos não diminuiu. Não vamos fechar tudo”.
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O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
- Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
- Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.
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