A Moderna afirmou nesta quarta-feira (24/2), que concluiu o lote inicial de doses de uma nova vacina contra a COVID-19 projetada para melhor proteger contra a nova variante sul-africana do coronavírus, que mostrou alguma resistência ao imunizante original da empresa. A companhia disse que enviou as novas vacinas para o Instituto Nacional de Saúde (NIH, na sigla em inglês) para conduzir o primeiro estudo em humanos, que pode começar em semanas.
Leia Mais
COVID-19: Brasil chega a 250 mil mortes em um ano de pandemiaAssociações se posicionam sobre medidas restritivas no Estado de São PauloCom aprovação, como a vacina da Pfizer pode chegar aos brasileiros?A nova vacina foi projetada para corresponder melhor à variante do vírus que foi identificada pela primeira vez na África do Sul, mas que desde então se espalhou para outros lugares. A Moderna pode ser a primeira fabricante a concluir o trabalho de laboratório de projetar uma vacina visando as variantes, que começaram a se espalhar rapidamente no ano passado.
Outras empresas, incluindo Pfizer e Johnson & Johnson, afirmaram que estão aprimorando seus imunizantes ou trabalhando em reforços que combinem melhor com as variantes. Vacinas mais antigas não parecem funcionar tão bem contra a cepa identificada na África do Sul, e novas variantes também podem surgir.
Pessoas que receberam anteriormente duas doses da vacina original da Moderna receberão a nova injeção, e os pesquisadores rastrearão a segurança do imunizante e sua capacidade de induzir uma resposta imunológica à nova variante. Se os resultados dos testes forem positivos, a Moderna buscará a autorização regulatória dos EUA para a nova vacina, o que pode acontecer no terceiro trimestre, afirmou o CEO Stephane Bancel em uma entrevista. "A Moderna continuará perseguindo essas variantes até que a pandemia esteja totalmente sob controle", disse Bancel.
Após o anúncio, as ações da Moderna subiam nos mercados futuros de Nova York, e, às 19h44 (horário de Brasília) tinham alta de 5,32%.
Fonte: Dow Jones Newswires.