O governador da Bahia, Rui Costa (PT), confirmou nesta quinta-feira (25/02) que a Bahia está em colapso devido ao aumento do número de casos de COVID-19. A declaração foi dada durante entrevista ao canal CNN Brasil.
"Estamos entrando em colapso. Temos leitos, temos equipamento, mas não temos equipe médica”, afirmou.
Durante a entrevista, Costa também afirmou que entrou em contato com a Pfizer. Segundo ele, caso o Ministério da Saúde não feche a compra de vacinas da empresa até março, o laboratório disse que está pronto para negociar vacinas com os estados.
Lockdown
Salvador e outros 416 municípios da Bahia terão as atividades não essenciais suspensas por dois dias, a partir das 17h desta sexta-feira (26/02). A medida, segundo o governador, é a única maneira de tentar frear o avanço da pandemia de coronavírus.
Estão suspensas todas as atividades consideradas não essenciais, a exemplo do funcionamento do comércio, bares e restaurantes. Cinema, teatro, todas as atividades culturais, e até as políticas e religiosas, também estão suspensas. O governo prefere, contudo, não denominar a medida um lockdown, que é o bloqueio da circulação de pessoas, sobretudo a locais públicos, além do funcionamento de determinados estabelecimentos, por determinação do Estado e sob punição.
À beira do colapso
A situação da Bahia começou a se agravar nas últimas duas semanas, o que elevou a taxa de ocupação de leitos de UTI para 83% nesta quinta-feira, 25. Das 1.113 vagas reservadas à terapia intensiva para adultos, 922 estão ocupadas. Na UTI pediátrica, a ocupação é de 64%. Os leitos de enfermaria destinados aos adultos atingiram 59% do limite. São 1.028 vagas, mas 609 já estão preenchidas. Quanto aos voltados para as crianças, são 37 ocupados, de um total de 51, o que corresponde a 73% da capacidade.
Segundo o governador, 195 pessoas aguardam na fila de regulação por vagas em leitos de UTIs, o que eleva a taxa de ocupação da rede para 82%, à beira de um colapso.
*Com agências
*Estagiária sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz