Porto Alegre é mais uma cidade brasileira que sofre com a superlotação de leitos nas unidades de terapia intensiva (UTI). Nessa quarta-feira (24/2), por exemplo, o Hospital das Clínicas de Porto Alegre estava com todas as vagas de UTI para COVID-19 ocupadas e precisou transferir os doentes para a ala de UTI não COVID-19. Já nesta quinta-feira (25/02), o prefeito da capital do Rio Grande do Sul, Sebastião Melo (MDB), fez um discurso voltado para a economia da cidade.
Na mesma entrevista, Sebastião Melo pediu para que os hospitais ampliassem os leitos para receber pacientes com quadro grave da COVID-19. De acordo com o prefeito, os custos serão arcados pela própria administração municipal. Melo também anunciou o fechamento de museus e espaços culturais, aumento do atendimento do transporte público por ônibus e determinou o trabalho remoto para servidores públicos de Porto Alegre.
Ao fazer um apelo para que a população mantivesse o distanciamento social, Sebastião Melo ameaçou fechar estabelecimentos não-essenciais para garantir a redução de circulação de pessoas. Nesse momento, o prefeito pediu para que a população contribuísse “com a vida” para que a economia de Porto Alegre fosse salva, em um provável ato falho de Melo.
"Tivemos uma profunda discussão, de fechar parques, praças e orlas. Queremos fazer um apelo à população. Não ocupem os espaços públicos. Nós não vamos, em um primeiro momento, fechar a Orla, mas se a população não atender o pedido do governo, nós vamos fechar. Não gostamos de fazer nada por decreto. Contribua com sua família, sua cidade, sua vida, para que a gente salve a economia do município de Porto Alegre", disse o prefeito, em entrevista coletiva.
"Contribua com a sua vida para que a gente salve a economia do município de Porto Alegre."
%u2014 André (@andreaugustin) February 25, 2021
O prefeito disse isso! Eles nem disfarçam mais. pic.twitter.com/zaXhACQjiM