O aumento de infecções por COVID-19 e a superlotação de unidades de terapia intensiva (UTI) no Distrito Federal fizeram com que o governo antecipasse as medidas restritivas e anunciasse lockdown. A partir da meia-noite de sábado (27/2), todas os serviços não essenciais estarão suspensos por 24 horas. Novo decreto que definirá regras será publicado em edição extra do Diário Oficial do DF (DODF) em breve.
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Lira decide restringir circulação de visitantes na Câmara após lockdown no DFCom mais de 90% dos leitos de UTI ocupados, PE determina toque de recolherCom ocupação de UTIs perto de 80%, Piauí decreta medidas mais restritivasBrasília, SP e Porto Alegre aumentam restrições após alta da COVID-19'Teremos semanas terríveis no Brasil', diz Drauzio VarellaOutro decreto, publicado no fim na tarde desta sexta-feira (26/2), já estipulava restrições, mas que valeriam das 20h às 5h, e apenas a partir de segunda-feira (1º/3). A definição da antecipação da medida vem no mesmo dia em que o DF atingiu 98,22% de ocupação de leitos de UTI, e conta com apenas um leito para adulto disponível, segundo registra a Sala de Situação da Secretaria de Saúde.
Ao Correio, o governador Ibaneis Rocha (MDB), afirmou que a medida é necessária para conter o aumento de infecções por COVID-19 no DF. “A escalada dos casos nos obriga a interferir diretamente e eu decidi decretar lockdown para tentar conter esse avanço da doença. Ninguém fica feliz com uma decisão dessa, ao contrário, mas é preciso ter responsabilidade nessa hora, ainda que seja uma medida impopular. Só os serviços fundamentais vão funcionar”, disse o governador.
Toque de recolher
Mais cedo, o governo do Distrito Federal publicou um outro decreto que determinava o toque de recolher entre 20h e 5h a partir de segunda-feira (1º/3), salvo exceções. A medida também proibia a venda de bebidas alcoólicas após 20h, assim como a disponibilização de mesas e consumo de produtos nos locais após o horário estabelecido.
A fiscalização da nova medida seria feita por uma força-tarefa que reúne a DF Legal, a Diretoria de Vigilância Sanitária, Secretaria de Mobilidade Urbana, Corpo de Bombeiros, polícias Militar e Civil, o Procon, o Detran, o Ibram, o DER e a Secretaria de Agricultura.