Jornal Estado de Minas

CALAMIDADE PÚBLICA

COVID-19: Hospital de Porto Alegre coloca mortos em contêineres

A situação da COVID-19 em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, é trágica. Nesta terça-feira (2/3), o superintendente médico do Hospital Moinhos de Vento – o maior da rede privada da cidade –, Luiz Antônio Nasi, disse que a unidade superou os limites de capacidade até mesmo para acomodar as pessoas que morreram e que contrataram um contêiner para colocar as vítimas.





A cidade registrou nessa segunda-feira (1º/3) 2.879 novos casos de infecção pelo novo coronavírus em 24h, segundo boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre.

No total, já foram registradas na capital gaúcha 2.418 mortes pela doença, sendo 33 confirmadas nas últimas 24h.

A taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na cidade é de 98,62%.

"É um campo de guerra. Todo mundo sendo mobilizado no hospital, médicos, anestesistas, enfermeiros de todas as áreas. Estamos, realmente, com uma situação calamitosa", afirmou Nasi durante entrevista para a GloboNews.

O hospital registrou na manhã desta terça-feira a maior ocupação de leitos de UTI. Foram 119,7% de lotação, de acordo com o levantamento da Secretaria Municipal da Saúde, considerando a capacidade total e a lista de espera.

“A nossa lista do morgue (onde os cadáveres são acomodados nos hospitais) ultrapassou a capacidade. Estamos contratando um contêiner para poder colocar as vítimas", relatou Nasi.





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