A situação da COVID-19 em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, é trágica. Nesta terça-feira (2/3), o superintendente médico do Hospital Moinhos de Vento – o maior da rede privada da cidade –, Luiz Antônio Nasi, disse que a unidade superou os limites de capacidade até mesmo para acomodar as pessoas que morreram e que contrataram um contêiner para colocar as vítimas.
No total, já foram registradas na capital gaúcha 2.418 mortes pela doença, sendo 33 confirmadas nas últimas 24h.
A taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na cidade é de 98,62%.
"É um campo de guerra. Todo mundo sendo mobilizado no hospital, médicos, anestesistas, enfermeiros de todas as áreas. Estamos, realmente, com uma situação calamitosa", afirmou Nasi durante entrevista para a GloboNews.
O hospital registrou na manhã desta terça-feira a maior ocupação de leitos de UTI. Foram 119,7% de lotação, de acordo com o levantamento da Secretaria Municipal da Saúde, considerando a capacidade total e a lista de espera.
“A nossa lista do morgue (onde os cadáveres são acomodados nos hospitais) ultrapassou a capacidade. Estamos contratando um contêiner para poder colocar as vítimas", relatou Nasi.