Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

Colapso: Uberlândia e Porto Alegre começam a repetir Manaus

Os hospitais de Uberlândia e Porto Alegre estão no limite de ocupação de leitos (foto: Reprodução)
A trágica situação da COVID-19 em Manaus, capital do Amazonas, está se repetindo em outras cidades do Brasil. Hospitais da rede pública e privada com ocupações de leitos no limite e aumento expressivo do número de mortos e casos de coronavírus se tornaram uma realidade preocupante em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, por exemplo. Nesta terça-feira (02/03), o médico Otavio Ranzani publicou um gráfico que mostra as cidades que estão em uma situação de colapso semelhante a Manaus.





Conforme o estudo, os números de mortos por COVID-19 explodiram durante fevereiro e março deste ano. “Sem corrigir para o atraso do Registro Civil. É a mesma aceleração vista em Manaus”, comentou o especialista.
 

Veja o gráfico:

 


 
Na última segunda-feira (01/03), Uberlândia registrou 336 novos casos e 14 mortes em decorrência da COVID-19, segundo boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde. No total, são 69.014 pessoas infectadas e 1.088 óbitos em quase um ano. 
 
Além disso, a cidade chegou ao limite no número de leitos nas redes de saúde público e privada, conforme o último boletim municipal diário sobre os casos de COVID-19.




 

 
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A situação em Porto Alegre é bastante parecida. Na última segunda-feira (1º/3), a cidade registrou  2.879 novos casos e 33 mortes por coronavírus em 24h, segundo boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde. No total, são  2.418 mortes em decorrência da COVID-19 em um ano.
 
Além disso, a taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) está quase no limite, com 98,62% de lotação. Porém, o Hospital Moinhos de Vento – o maior da rede privada da cidade – superou o limite de capacidade, com 119,7% de lotação, de acordo com o levantamento da Secretaria Municipal da Saúde. 
 
Conforme o médico Luiz Antônio Nasi, o hospital não tem espaço para acomodar as pessoas que morreram e que contrataram um contêiner para colocar as vítimas.
 
"É um campo de guerra. Todo mundo sendo mobilizado no hospital, médicos, anestesistas, enfermeiros de todas as áreas. Estamos, realmente, com uma situação calamitosa", afirmou Nasi durante entrevista para a GloboNews.




 
 
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Relembre o colapso de Manaus:

 
Em janeiro de 2021, a capital do Amazonas atingiu o limite de atendimento em hospitais: sem leitos e sem oxigênio para tratar os pacientes. Com o sistema de saúde em colapso, médicos e autoridades de Manaus pediram ajuda para salvarem as vidas que estavam internadas.

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Os pacientes foram transferidos para várias áreas do país, incluindo Minas Gerais, em Uberaba e Belo Horizonte. 
 
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Além disso, foi descoberta em Manaus uma mutação do coronavírus que se espalhou para outros estados brasileiros, como São Paulo e Minas Gerais. Em Uberaba, no Triângulo Mineiro, pacientes vindos de Manaus acabaram morrendo.




 
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Recorde

  
Nesta terça-feira (02/03), o Brasil registrou o maior número de mortes em decorrência da COVID-19 em 24 horas desde o início da pandemia, com 1.726 novos óbitos. No total, o país registra 10.647.845 casos confirmados de coronavírus, sendo 58.237 contabilizados nas últimas 24 horas. As informações são do levantamento do consórcio de veículos de imprensa, formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde.


*Estagiária sob supervisão do subeditor Eduardo Oliveira 

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