O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que atrasos na entrega do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), matéria-prima para as vacinas produzidas no Brasil, podem ser os principais obstáculos no cumprimento do cronograma vigente para entrega dos imunizantes aos Estados brasileiros.
A posição do general consta de ofício encaminhado nesta quarta-feira, 10, ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), e ao presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas).
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O governo federal já teve de se debruçar sobre a importação do IFA. No final de janeiro, o insumo que estava previsto para chegar para o Butantan ficou retido na China, o que levou a atritos políticos entre o governador João Doria (PSDB-SP) e o governo do presidente Jair Bolsonaro. As remessas previstas então foram liberadas e já são usadas no Brasil para produção da Coronavac e da vacina do laboratório AstraZeneca em parceria com a Fiocruz.
A dependência do IFA importado da China deve continuar sendo uma realidade para o Brasil nos próximos meses. O Ministério da Saúde reforça no ofício que o cronograma de distribuição de doses aos Estados está mantido.
Sobre as vacinas importadas, como as doses da Pfizer, da Sputnik V, da Janssen, da Moderna e da Bharat Biotech, o ministro cita três obstáculos que podem ocorrer: atrasos na apresentação dos relatórios para análise da Anvisa, atrasos na produção dos laboratórios no país de origem e atrasos na liberação para importação pelo Brasil. A gestão Pazuello à frente do ministério e do governo Bolsonaro como um todo é criticada por especialistas em razão da demora nas tratativas com as farmacêuticas.
Por fim, o ministro pede união de esforços. "Destaca-se a necessidade urgente de empreender esforços políticos e diplomáticos conjuntos entre governo federal, Congresso Nacional, Estados e municípios, para, de forma integrada, assegurar a disponibilização das vacinas, de maneira eficaz e segura, à população brasileira contra a COVID-19 em menor tempo possível. Dessa forma, será possível conter os sofrimentos decorrentes da pandemia e retomar o crescimento econômico do país", escreveu.
O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
- Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
- Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.