As escolas municipais de São Paulo também vão antecipar o recesso de julho para paralisar as atividades nas próximas duas semanas, segundo apurou a reportagem. O período para a rede fechar será entre 17 de março e 1º de abril. A medida será anunciada ainda nesta sexta-feira (12/03), pela Prefeitura, e segue a decisão do estado. A rede estadual anunciou ontem que adiantará o recesso para os próximos 15 dias por causa da atual situação da pandemia.
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As escolas municipais hoje têm cerca de 1 milhão de alunos, em creches, escolas de educação infantil, fundamental e pouquíssimas de ensino médio. É a maior rede municipal do País. Este mês, o sindicato dos professores decretou greve, se dizendo contra a volta presencial. Mesmo assim, muitas escolas reabriram e funcionavam até esta sexta-feira.
Nesta quinta-feira, 11, por causa da piora na pandemia, a rede estadual antecipou os recessos de abril e outubro para este mês, entre 15 e 28 de março. Neste período, as escolas estarão abertas exclusivamente para oferecer alimentação e distribuir materiais e chips (mediante agendamento prévio). O Estado disse que as escolas municipais e privadas teriam autonomia para definir o funcionamento, desde que, se abertas, mantivessem a ocupação de 35%.
Mas em coletiva de imprensa o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, sugeriu que as redes públicas municipais seguissem a decisão do governo. "Nós recomendamos para todos os municípios e redes privadas, atividades sejam realizadas aquilo que seja realmente necessário. Se puder fazer à distância, faça à distância."
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), determinou que todo o estado estará em "fase emergencial" entre a próxima segunda-feira, 15, e 30 de março. A nova classificação prevê restrições a 14 atividades, impactando cerca de 4 milhões de trabalhadores formais diariamente, de acordo com o governo. Entre elas, está a suspensão do funcionamento presencial de lojas de construção e de eletrônicos, a realização de celebrações religiosas coletivas e de partidas de futebol, a obrigatoriedade de home office para escritórios e o fechamento de órgãos públicos.