Governadores de 13 estados encaminharam ofício ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para alertar sobre o baixo estoque de medicamentos de UTIs. Os chefes do Executivo pediram a compra emergencial de bloqueadores neuromusculares, anestésicos e sedativos pelo período mínimo de 60 dias e a distribuição para todos os estados por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
Pelo menos 11 medicamentos são listados que estão em falta, de acordo com monitoramento feito pelo Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass). Os governadores também pediram o cancelamento das cirurgias eletivas nos setores público e privado, direcionando os leitos para pacientes com COVID-19.
No caso dos bloqueadores neuromusculares, 18 estados registram falta ou estoque baixo, que também deve durar 20 dias.
Sem esses remédios, os médicos não conseguem intubar os pacientes, que ficam sem ventilação e morrem por falta de ar, o que reforça a urgência de insumos no país.
“A situação hoje é gravíssima e a gente precisa tomar medidas urgentes.Faltam respiradores, monitores e vão faltar medicamentos para intubar pacientes”, afirma o presidente do Conass, Carlos Eduardo Lula.
O Ministério da Saúde requisitou os estoques da indústria de medicamentos usados para intubar pacientes. Segundo a pasta, a ordem de entrega dos fármacos foi feita na quarta-feira (17/3) e deve suprir a demanda do Sistema Único de Saúde (SUS) por 15 dias, com 665,5 mil comprimidos.