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Estado de Minas PANDEMIA

Prefeitura do Rio determina fechamento de praias no fim de semana

Prefeito do Rio, Eduardo Paes disse que a situação na cidade é "muito crítica" e que anunciará "medidas mais restritivas" na segunda-feira


19/03/2021 15:58 - atualizado 19/03/2021 17:35

Proibida 'a permanência de indivíduos na praia, incluindo para esporte, banho de mar e atividades econômicas'(foto: Divulgação/Prefeitura do Rio de Janeiro)
Proibida 'a permanência de indivíduos na praia, incluindo para esporte, banho de mar e atividades econômicas' (foto: Divulgação/Prefeitura do Rio de Janeiro)
O prefeito Eduardo Paes determinou nesta sexta-feira (19) o fechamento das praias do Rio de Janeiro no fim de semana, na tentativa de conter a disseminação do coronavírus.

O Brasil atravessa o pior momento da pandemia, com os hospitais de vários estados lotados e uma campanha de vacinação incipiente.

A média diária de mortes em sete dias dobrou no último mês, de 1.039 em 19 de fevereiro para 2.087 na última quinta-feira, no país com 212 milhões de habitantes. Os balanços mostram mais de 287 mil mortes e quase 12 milhões de casos, números superados apenas pelos Estados Unidos.

Dos 27 estados brasileiros, 25 possuem ocupação igual ou superior a 80% em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

A taxa de ocupação dos leitos de UTI do Rio de Janeiro é de 95%, segundo autoridades. A capital turística do país tinha 620 pacientes internados em centros de terapia intensiva da rede pública até quinta-feira, um recorde desde o início da pandemia no país, em fevereiro de 2020.

A situação é "muito crítica", ressaltou o prefeito do Rio, Eduardo Paes.

A partir de sábado (20), fica proibida "a permanência de indivíduos na praia, incluindo para esporte, banho de mar e atividades econômicas", anunciou Paes em entrevista coletiva.

Tampouco será permitido estacionar na orla - exceto para moradores da região - e será proibida a entrada de ônibus de turismo na cidade.

As autoridades já haviam proibido no dia 5 de março o funcionamento de bares e comércios após as 21h, e a permanência de pessoas na rua, entre 23h e 5h.

Paes disse que anunciará na segunda-feira "medidas mais restritivas", após reunião marcada com a comissão científica que o assessora.

Apesar de representar menos risco de contágio do que os locais fechados, as praias cariocas ficam muito movimentadas nos finais de semana, com a maioria das pessoas sem máscara e com grande fluxo de camelôs.

"Faço um apelo aos cariocas. É um momento de ficar em casa. Não estamos prendendo as pessoas em casa, não estamos impedindo as pessoas de sair na rua, mas é o momento das pessoas evitarem o contato, interações, frequentar demais o espaço público", pediu Paes.

Com 17 milhões de habitantes, o estado do Rio de Janeiro concentra 34.697 dos 287.499 óbitos registrados no Brasil até o momento.

É o terceiro estado com maior número de óbitos por 100 mil habitantes (201), atrás do Amazonas (282) e de Roraima (209), segundo dados do Ministério da Saúde.

São Paulo, capital econômica e financeira do país, antecipou uma série de feriados para reduzir a circulação e pediu para que se evite viagens às cidades litorâneas.

- Bolsonaro: uma 'hipocrisia' -

As medidas adotadas de forma dispersa por governadores e prefeitos não têm sido suficientes para controlar a segunda onda da pandemia ou para convencer o presidente Jair Bolsonaro da necessidade de medidas de isolamento social.

O presidente voltou a criticar nesta sexta-feira a decisão de negar o acesso às praias, o que privaria os brasileiros da vitamina D fornecida pelos banhos de sol.

"A vitamina D é uma forma de você evitar que o vírus te atinja com gravidade. Onde você consegue a vitamina D? Tomando sol. Uma hipocrisia", disse Bolsonaro, apesar da falta de evidências concretas sobre os benefícios desse hormônio em relação ao tratamento da COVID-19.

Bolsonaro afirmou ainda que o Brasil pode enfrentar um "caos" social se os governos regionais impuserem medidas severas para conter o vírus.

"O caos vem aí. A fome vai tirar o pessoal de casa, vamos ter problemas que a gente nunca esperava ter, problemas sociais gravíssimos", alertou.

O Brasil iniciou sua campanha de vacinação em janeiro, com imunizantes do laboratório chinês Sinovac e da sueca-britânica AstraZeneca, mas problemas logísticos causaram atrasos e interrupções e até agora pouco mais de 5% da população recebeu a primeira dose e apenas 2% a segunda.

Como todo Brasil, o Rio de Janeiro conduz de forma lenta seu programa de vacinação, que começou em janeiro por profissionais da saúde e, esta semana, imuniza idosos de 75 anos.


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