Profissionais de saúde que trabalham na Santa Casa de Sorocaba, no interior de São Paulo, fizeram uma corrente de oração, nesse sábado (20/03), em meio aos leitos com pacientes que contraíram a COVID-19. De acordo com o diretor da unidade, Padre Flávio, o gesto dos trabalhadores foi espontâneo.
“Como diretor do hospital fiquei emocionado de ver a fé destes profissionais de saúde. Com Jesus tudo pode ser mudado pela força da oração”, disse o gestor.
De acordo com o boletim epidemiológico da Prefeitura de Sorocaba deste domingo (21/03), a Santa Casa está com uma ocupação de 90,9% dos leitos de terapia intensiva. A unidade conta com 55 vagas e 50 delas estão com pacientes. Nesse sábado, o índice de demanda era de 100%. Outros hospitais da cidade também estão com índices entre 90% e 100% de ocupação.
O Executivo municipal registrou, também, até o momento, 905 mortes por COVID-19 e 39.653 casos confirmados.
Adesão ao tratamento precoce
Na última sexta-feira (19/03), a Prefeitura de Sorocaba anunciou que aderiu ao chamado tratamento precoce, utilizando medicamentos sem eficácia comprovada contra a COVID-19. Um protocolo com remédios como a ivermectina e azitromicina foi montado. O "kit COVID" também conta com paracetamol e dipirona. O Sindicato dos Médicos de Sorocaba e Região (Simesul) contestou a medida.
O prefeito Rodrigo Manga (Republicanos), que se diz admirador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), disse que a nova medida vem contribuir com a vacinação. "Além da vacina, esta é mais uma opção que buscamos cuidar da nossa população. O tratamento dura cinco dias e terá um investimento de R$ 18 por paciente", destacou. Ele disse que o município também pretende adquirir 300 mil vacinas Janssen, do grupo Johnson & Johnson, com recursos próprios e em parceria com a iniciativa privada.
O presidente do Sindicato dos Médicos, Eduardo Vieira, disse que vai pedir mais detalhes sobre o tratamento precoce adotado pela prefeitura. "Vamos pedir que os médicos que atendem nas unidades básicas de saúde não sejam obrigados a prescrever os medicamentos, já chamados de kit contra o coronavírus." Segundo ele, resoluções da Sociedade Brasileira de Infectologia e trabalhos científicos atestam que os remédios que serão disponibilizados à população não têm efeito frente à doença.
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O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
- Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
- Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.
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