A Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) divulgou nota nesta segunda-feira (22/3) pedindo a interrupção provisória do agendamento de cirurgias eletivas que utilizem os medicamentos que estão em falta para o tratamento de pacientes da COVID-19. A intenção é poupá-los para as UTIs desabastecidas e também anestesias para cirurgias de urgência.
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Homens armados roubam vacinas contra COVID-19 de posto de saúde em NatalCOVID: governo Bolsonaro determina uso de todas as vacinas na 1ª doseVacina da AstraZeneca contra covid-19 mostra eficácia de 79% em testes nos EUAA decisão foi tomada após duas reuniões, a primeira na sexta-feira (19/3), com outras entidades médicas, além da diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). No sábado (21/3), houve encontro com o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para o estudo de medidas que poderão vir a atenuar a grave situação.
As entidades médicas elaboraram um documento com as recomendações. Os especialistas sugerem providenciar medidas administrativas que facilitem a importação desses medicamentos. Também recomendam a interrupção, provisória, do agendamento de procedimentos anestésico-cirúrgicos eletivos em que são utilizados quaisquer desses medicamentos.
No sábado, hospitais filantrópicos de São Paulo alertaram em nota que possuem estoques de medicamentos indispensáveis no tratamento da COVID-19 suficientes para apenas mais uma semana. O comunicado da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado (Fehosp) explicou que os produtos em escassez são os sedativos e bloqueadores neuromusculares que compõem o chamado "kit intubação", essencial para intubar e manter intubados pacientes em estado crítico.
Um dia antes, na sexta-feira, a Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP) declarou em carta aberta que as requisições do governo federal feitas à indústria para aquisição de remédios do chamado kit intubação estão desorganizando a cadeia de suprimentos e ameaçam o estoque das unidades particulares de saúde. Em algumas, segundo a entidade, medicamentos usados no atendimento a pacientes com COVID-19 podem se esgotar em até 48 horas.