Um dia após municípios brasileiros enfrentarem dificuldades para incluir novos registros em relação aos pacientes com COVID-19 no sistema, por causa de uma mudança imposta pelo Ministério da Saúde, os números da COVID-19 no Brasil registrados nesta quinta-feira (25) bateram novos recordes.
Nas últimas 24 horas, o país confirmou 100.158 infecções, o maior número de casos compilados em um só dia desde o início da pandemia. Com isso, o Brasil já soma 12.320.169 diagnósticos positivos.
Nas últimas 24 horas, o país confirmou 100.158 infecções, o maior número de casos compilados em um só dia desde o início da pandemia. Com isso, o Brasil já soma 12.320.169 diagnósticos positivos.
O balanço do Ministério da Saúde também registrou 2.777 mortes pela COVID-19 de quarta-feira (24) para quinta-feira (25). Assim, o Brasil acumulou 303.462 óbitos desde março de 2020, quando foi confirmada a primeira morte pela doença no Brasil.
O país nunca havia atingido o patamar dos 100 mil casos por dia, o que mostra a gravidade da COVID-19, com forte tendência de piora nos próximos dias. O recorde negativo até então foi observado no último sábado, quando o país confirmou 90.570 infecções em um dia.
A crescente atualização em relação às infecções é um indicativo de que o número de novos óbitos nas próximas semanas também deve seguir a tendência de alta.
Com a rede de saúde no limite da capacidade e o iminente desabastecimento de medicamentos para intubação e oxigênio, há fortes indícios de agravamento da pandemia. O cenário deve se tornar ainda mais dramático caso pacientes graves não recebam atendimento adequado nas próximas semanas.
Com a rede de saúde no limite da capacidade e o iminente desabastecimento de medicamentos para intubação e oxigênio, há fortes indícios de agravamento da pandemia. O cenário deve se tornar ainda mais dramático caso pacientes graves não recebam atendimento adequado nas próximas semanas.
Neste ritmo, a previsão do Portal Covid-19 Brasil, iniciativa formada por pesquisadores das universidades de São Paulo (USP) e de Brasília (UnB), é de que o país encerre o mês de março próximo da marca de 320 mil óbitos por COVID-19.
O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
- Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
- Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.