O governador em exercício do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), anunciou nesta quinta-feira, 25, o plano de abrir 940 leitos para tratamento de pacientes com covid-19 nas próximas duas semanas. Desses, 560 são leitos em hospitais federais e decorrem da articulação do governador com o Ministério da Saúde. Outros 200 leitos ficam em unidades de saúde estaduais e 180 são da rede privada.
"Estamos estadualizando 560 leitos federais. Além de 80 leitos abertos ontem (quarta-feira, dia 24), serão mais 480 até a semana que vem. Teremos 560 leitos, que farão com que essa nossa taxa de ocupação baixe bastante ao longo da semana", disse Castro, que concedeu entrevista coletiva no Palácio Guanabara, sede do governo do Estado, em Laranjeiras (zona sul do Rio).
Além dos leitos em hospitais federais, há vagas em unidades de saúde estaduais e na rede privada, segundo o governador. "Temos uma perspectiva de 200 leitos estaduais a mais. Além disso, haverá um ingresso de 180 leitos da rede privada, após chamamento público", completou Castro.
Vacinas
Castro disse ter recebido do Ministério da Saúde a previsão de receber dois milhões de doses de vacinas para o Rio de Janeiro até o dia 31. Até agora, o Estado distribuiu aos 92 municípios 2.176.120 doses. "Em Brasília tivemos uma perspectiva de até 31 de março recebermos mais dois milhões de doses de vacina. Com isso, dependendo da vacina que recebermos, talvez mais de 1,5 milhão de pessoas sejam imunizadas", disse Castro.
O governador anunciou também a criação de um calendário único estadual de vacinação. O objetivo é garantir a uniformidade na imunização em todas as regiões e a prioridade da população de maior risco. "Na próxima segunda-feira, 29, a pedido dos prefeitos, apresentaremos um calendário único de vacinação. Para que a população não precise ir em outro município, vacinaremos em todos os municípios a mesma faixa etária."
Medidas restritivas
Castro aproveitou para detalhar as novas medidas de prevenção contra a covid-19 adotadas pelo Estado. Foi criado um feriado prolongado de dez dias, entre 26 de março e 4 de abril. As restrições levaram em conta reuniões com prefeitos dos 92 municípios e representantes do setor produtivo, além de técnicos da secretaria estadual de Saúde.
"Os números de atenção básica da última semana acenderam um alerta. Por isso decidimos decretar essa parada emergencial, não é um feriado tradicional. Faço um apelo à população: é o momento de ficar em casa e proteger vidas. As decisões que tomamos foram técnicas e baseadas em muito diálogo. Conversamos com os prefeitos, os empresários, os poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério da Saúde", disse.
Ainda nesta quinta-feira, um novo decreto publicado numa edição extra do Diário Oficial libera a prática de atividade física individual nas praias fluminenses, no entanto segue suspensa a permanência de pessoas em qualquer outra situação - tomando sol paradas, vendendo produtos ou praticando esportes coletivos, por exemplo.
A nova publicação também inclui como serviços essenciais, que podem funcionar normalmente durante o feriadão, lojas de autopeças e acessórios para carros e bicicletas (incluindo-se os serviços de mecânica e borracharia), supermercados e os serviços de lavanderia, limpeza urbana, manutenção e zeladoria.
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