Com 3.780 mortes nas últimas 24 horas, o dia mais trágico da pandemia do novo coronavírus no Brasil ganhou enorme repercussão em todo o mundo. Os números do país contrastam radicalmente com os de várias nações pelo mundo que também passaram por momentos dramáticos, mas conseguiram controlar, com lockdown e o avanço da vacinação, e contabilizaram menos de 1 mil óbitos nesta terça-feira (30/3).
Enquanto vários países já venceram a fase mais difícil da COVID-19, o Brasil caminha para novos recordes. De acordo com o professor da Faculdade de Medicina da USP, em Ribeirão Preto, Domingos Alves, os brasileiros atingirão a marca de 400 mil óbitos entre a terceira e a quarta semana de abril.
“Não é preciso fazer uma conta matemática complicada. Basta saber que a média móvel de mortes do Brasil está acima de 2,5 mil”, afirmou o professor, em entrevista exclusiva ao Estado de Minas na semana passada.
Outros especialistas já afirmam que o Brasil chegará ao triste número de 5 mil mortes diárias pela COVID-19.
Todos os 26 estados e o Distrito Federal já vivem falta de UTIs e medicamentos para intubação.
Todos os 26 estados e o Distrito Federal já vivem falta de UTIs e medicamentos para intubação.
Nesta terça-feira, uma postagem do jornalista Maurício Brum chamou a atenção nas redes sociais depois que ele comparou o número de mortes do Brasil com outras nações do planeta, que antes tinham estatísticas piores no enfrentamento à doença.
No momento da publicação, os EUA não haviam divulgado o balanço oficial. Com isso, o total de mortes do Brasil superou a dos 10 países seguintes na lista: 3.780 contra 3.742.
No momento da publicação, os EUA não haviam divulgado o balanço oficial. Com isso, o total de mortes do Brasil superou a dos 10 países seguintes na lista: 3.780 contra 3.742.
Somente na semana passada, depois da nomeação do novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o governo federal criou um comitê nacional de combate à doença.
O grupo tem a participação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
O grupo tem a participação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
O comitê tem a finalidade de liberar recursos com maior facilidade na aquisição de vacinas, insumos e UTIs para pacientes.
EUA aceleram vacinação
País com o maior número de vidas perdidas, os Estados Unidos fecharam seu último balanço com 846 óbitos em 24 horas. Até o momento, 564 mil pessoas perderam a batalha para a COVID-19 no país norte-americano – que contabiliza mais de 23,5 milhões de infectados desde o início da pandemia, segundo dados do site Worldometers.
Os Estados Unidos já chegaram a registrar quase 5 mil mortes diárias pela doença, mas vêm baixando a média móvel desde o começo de 2021.
O país acelerou o processo de vacinação, aplicando número superior a 2 milhões de doses por dia. O presidente Joe Biden disse que a meta era vacinar toda a população adulta até maio.
O país acelerou o processo de vacinação, aplicando número superior a 2 milhões de doses por dia. O presidente Joe Biden disse que a meta era vacinar toda a população adulta até maio.
A Itália, que por um tempo liderou o ranking de casos e mortes no mundo, registrou 529 óbitos nas últimas 24 horas. O país já superou a marca de 162 mil vidas perdidas durante a pandemia.
Já Polônia, Rússia e Índia encerraram o dia com 461, 409 e 355 mortes, respectivamente.
No ranking dos 10 primeiros com mais óbitos diários também aparecem França (348), Ucrância (286), Hungria (274), Alemanha (234).
No ranking dos 10 primeiros com mais óbitos diários também aparecem França (348), Ucrância (286), Hungria (274), Alemanha (234).
A LISTA
1º Brasil - 3.780
2º EUA - 846
3º Itália - 529
4º Polônia - 461
5º Rússia - 409
6º Índia - 355
7º França - 348
8º Ucrânia - 286
9º Hungria - 274
10º Alemanha - 234
Fonte: Worldometers