A Agência Nacional de Vigilância Sanitária negou na terça-feira, 30, pedidos de certificação das fábricas do laboratório indiano Bharat Biotech, que produz a vacina Covaxin. A medida deve atrasar planos do Ministério da Saúde para distribuir o imunizante, pois esse aval é exigido para liberar o uso emergencial ou o registro do produto. Em nota, a agência disse ter identificado falhas no processo de fabricação que podem levar um paciente a receber dose de eficácia diferente da encontrada nos estudos clínicos ou até mesmo sem o vírus totalmente inativado, o que poderia contaminar o vacinado.
O governo federal comprou 20 milhões de doses da Covaxin, a US$ 14 cada unidade. No total, um negócio de R$ 1,6 bilhão - mas o pagamento só acontece após a Anvisa liberar seu uso É um valor superior aos US$ 5,25 de cada dose da AstraZeneca e aos US$ 10 pagos pela Coronavac.
A expectativa do ministério era de que 8 milhões de unidades chegassem ao País ainda este mês e igual volume em abril. A decisão da Anvisa deve forçar a Saúde a reduzir, novamente, a previsão de doses futuras.
Janssen. A Anvisa também informou nesta terça-feira que aceitou as certificações das fábricas envolvidas na produção da vacina da Janssen. Além disso, certificou uma planta do grupo União Química, que deve ser usada para envase de doses da vacina russa, a Sputnik V.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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