O risco de falta de oxigênio e dos medicamentos do "kit intubação" são grandes preocupações do momento com a pandemia no Brasil. Pesquisa coordenada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) dá conta de que a situação afeta pelo menos 625 e 1.141 municípios do país, nos dois casos respectivos. Essa é a segunda edição do levantamento, a partir de questionário enviado a prefeitos entre 29 e 31 de março, representantes de todas as unidades da federação. Participaram 2.553 municípios, 45,9% do total das cidades brasileiras.
Para esta edição, foram selecionados temas que estavam em evidência nesta semana, como a falta de oxigênio nas unidades de saúde, dificuldade no acesso a insumos farmacológicos que compõem o "kit intubação", medidas de restrição que estão sendo adotadas nos municípios, além de um panorama sobre recebimento de vacinas.
Sobre a distribuição de imunizantes, 98% das cidades receberam nesta semana o produto. As remessas ocorreram duas vezes para 68,4% dos municípios e 24,4% receberam uma vez.
As conclusões do balanço também indicam que, nesta semana, 37,1% das localidades pesquisadas estão realizando lockdown (fechamento total das atividades não essenciais), na tentativa de frear a disseminação do coronavírus. Já 61,9% afirmaram que não tomaram essa atitude no período analisado. No entanto, em relação à restrição da circulação de pessoas à noite, o percentual que adotou essa medida sobe para 82,2%, e somente 17,5% dos gestores declararam não adotar.
A pesquisa mostra ainda que 88% dos municípios estão aplicando restrições das atividades aos finais de semana, e somente 11,8% não. A medida de antecipação de feriados foi tomada por 15,3% das regiões contempladas no levantamento. Quanto às aulas presenciais, 89,4% dos municípios estão com as atividades paralisadas, e somente em 9,9% ainda estão ocorrendo nesta semana.
Entre a primeira e a segunda edição da pesquisa da CNM, lançada na semana passada como uma das ações do Observatório da COVID-19 nos Municípios do Brasil, foi possível traçar um dado comparativo. O número de municípios com medidas de restrição se manteve nos mesmos patamares nos dois períodos pesquisados, e, sobre o percentual com risco para falta de oxigênio e dos medicamentos do "kit intubação", a queda foi pouco expressiva, apontando que o problema continua grave.
O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
- Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
- Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.
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