Um estudo feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e que ainda não foi publicado, aponta que uma segunda infecção pela COVID-19 pode ser mais grave que a primeira vez. A pesquisa ainda diz que isso não depende das variantes que estão em circulação.
A pesquisa, que foi feita em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e com Instituto D'Or de Ensino e Pesquisa (Idor), analisou casos de reinfecção ocorridos no Rio de Janeiro entre maio e dezembro de 2020. O resultado mostrou que os pacientes apresentaram sintomas mais graves na segunda ocorrência mesmo não tendo sido infectados pelas variantes.
"Nossa descoberta de que pessoas com COVID-19 leve podem ter controlado a replicação do Sars-Cov-2 sem desenvolver imunidade humoral* detectável sugere que a reinfecção é mais frequente do que se supõe, mas essa hipótese não está bem documentada", afirma o estudo.
Não só mutações podem provocar reinfecção
Os dados obtidos no estudo desmentem que somente as mutações poderiam provocar reinfecções. Por isso, os pesquisadores reforçam o alerta sobre a necessidade de manter as medidas para conter a doença.
m outro estudo da Fiocruz, publicado em janeiro, já alertava para a falsa sensação de proteção que a infecção assintomática poderia trazer. Segundo a pesquisa, nesses casos o organismo não cria uma memória imunológica após a primeira infecção.
* Subdivisão da imunidade adquirida onde a resposta imunológica é realizada por anticorpos.