Resultados preliminares de um estudo feito com 67.718 trabalhadores da saúde de Manaus mostram que a vacina contra a COVID-19 Coronavac tem 50% de eficácia na prevenção da doença após 14 dias da primeira dose. A pesquisa do grupo Vebra COVID-19 é a primeira a avaliar a efetividade do imunizante em um local onde a variante P.1 é predominante.
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Crise em Manaus: MPF processa ex-ministro Pazuello por responsabilidadeConass alerta que país pode sofrer apagão de vacinas nas próximas semanasHomem que vivia em situação de rua faz 920 pontos na redação do EnemAinda não há informações sobre a efetividade da vacina após 14 dias da segunda dose. Os pesquisadores vão coletar esses dados durante as próximas semanas para fazer a análise final.
A eficácia de 50% se refere a casos sintomáticos da doença. Em nota, o grupo responsável pelo estudo disse que os resultados são encorajadores e apoiam o uso da vacina. Os pesquisadores afirmam que também vão analisar a efetividade da Coronavac e da vacina de Oxford/AstraZeneca em idosos nas cidades de Manaus e Campo Grande e no Estado de São Paulo.
O grupo Vebra COVID-19, que estuda a eficácia das vacinas contra a doença no Brasil, reúne pesquisadores de instituições nacionais e internacionais, além de servidores da Secretaria de Saúde do Amazonas, Secretaria de Saúde de São Paulo, Secretaria de Saúde de Manaus e Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo.
Recentemente, um estudo de imunogenicidade feito no Chile com 190 pessoas mostrou que os vacinados com a Coronavac geram anticorpos necessários para combater o coronavírus, mas em baixa quantidade. Esses dados abriram a possibilidade de a vacina ser menos eficaz contra as novas variantes.