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Estado de Minas VACINAÇÃO

Conass alerta que país pode sofrer apagão de vacinas nas próximas semanas

Presidente do Conselho Nacional Carlos Eduardo Lula diz que apagão de vacinas contra COVID pode ocorrer por causa da incerteza de chegada das mais doses


07/04/2021 09:56 - atualizado 07/04/2021 10:20

(foto: Divulgação)
(foto: Divulgação)
O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e secretário estadual de Saúde do Maranhão, Carlos Eduardo Lula, avalia que o Brasil corre o risco de sofrer um apagão de vacinas nas próximas semanas. Entre os motivos para a falta de imunizantes, o presidente do conselho destacou, em entrevista à rádio CBN, a incerteza de chegada das doses prometidas pelo Ministério da Saúde e dificuldade de importação de insumos da China pelo Instituto Butantan.

A avaliação foi dada um dia após o Brasil registrar novo recorde de mortes pela doença, com 4.211 registros de vítimas em 24 horas. O secretário disse que o Brasil hoje sofre com decisões erradas do passado. "A gente apostou mal, a gente rejeitou vacinas e agora não tem vacina suficiente para o Brasil. A gente tinha condição de ter começado a vacinar em novembro do ano passado", afirmou.

Carlos Eduardo Lula informou também que em dez Estados os estoques de medicamentos para a intubação de pacientes acometidos pela covid-19 devem acabar em pouco mais de uma semana. Segundo o secretário, bloqueadores neuromusculares estão em falta em 14 Estados e sedativos em falta ou com baixa cobertura em 11 Estados. O secretário afirmou que a falta de medicamentos afeta tanto o setor público quanto o privado.

Sobre a proposta em tramitação no Legislativo nacional que autoriza a compra de vacinas pelo setor privado, Carlos Eduardo disse que o texto cria uma competição entre o Sistema Único de Saúde (SUS) - e as vacinas que seriam dadas para o grupo de risco e setores prioritários como professores, policiais e médicos - e empresas privadas. Para o presidente do Conass, a medida é um "equívoco", "absurdo" e "não tem sentido".

"A desfaçatez é tanta - e a gente fica muito chateado com isso - que chegou a ter uma cláusula que as empresas teriam isenção no imposto de renda para comprar essas vacinas, ou seja, não só íamos permitir um 'fura-fila' institucionalizado, como também toda a sociedade ia ter que arcar com o custo das empresas", completou. O texto-base da proposta foi aprovado ontem na Câmara. Nesta quarta, os deputados analisam destaques apresentados ao texto.


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