A cidade de Serrana, em São Paulo, zerou os casos de intubação por COVID-19, desde o último fim de semana. O município foi escolhido pelo Instituto Butantan para o estudo clínico que testa a eficácia da vacinação em massa com a Coronavac. Dos 45.644 habitantes, 28 mil estavam aptos para receber a vacina.
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Butantan recebe insumos para produzir 5 milhões de doses da CoronavacCOVID-19 em BH: prefeitura abre leitos de UTI e enfermaria e reduz ocupaçãoSTF decide que estados e municípios podem restringir missas e cultos Como está Serrana, a cidade quase toda vacinada contra a COVID?Entidades da saúde acionam STF para exigir lockdown nacional ainda em abrilAté esta quarta-feira (07/04), cerca de 66% do público-alvo, que tem mais de 18 anos, já tinha tomado as duas doses do imunizante. E no domingo (11/04), 100% dos participantes estarão vacinados.
Em entrevista para o "Valor", a secretária de Saúde de Serrana, Leila Aparecida do Valle Gusmão, afirmou que os pacientes que chegam à UPA apresentam casos menos graves, com sintomas leves e moderados. Além disso, a fila de espera para internação estava zerada até esta quarta-feira (07/04): “Na UPA, que é a linha de frente, há três semanas, de 100 atendimentos diários, 90 eram por sintomas gripais, com suspeita de COVID-19. Hoje, de 100, cerca de 40 são por sintomas gripais. É uma queda muito expressiva”, diz Leila.
Batizado de ‘Projeto S’ a pesquisa do Butantan no município de Serrana corresponde à fase 4 de testes da Coronavac no Brasil, que visa saber como a vacina desenvolvida pelo instituto funciona em níveis populacionais. O imunizante já tem a comprovação de eficácia e, neste momento, o estudo vai analisar quanto os casos vão diminuir, a quantidade de pacientes graves, internações e óbitos pela COVID-19, após a vacinação em massa. Os resultados têm previsão para serem divulgados em maio.
De acordo com o prefeito da cidade, Léo Capitelli (MDB), é preciso aguardar mais tempo para relacionar os números com a vacinação, entretanto ele tem boas expectativas que os resultados positivos do Projeto S contribuam para a flexibilização das regras de circulação.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Eduardo Oliveira