Em entrevista ao CB.Saúde, parceria do Correio com a TV Brasília, o médico Thiago Póvoa, presidente da Sociedade de Geriatria do Distrito Federal, destacou nesta quinta-feira (8/4) que a mortalidade por COVID-19 de idosos com 75 anos ou mais foi reduzida pela metade com a campanha de vacinação do grupo.
"A imunização desse público vem produzindo efeitos observados na nossa prática diária nos consultório e nas UTIs. Temos visto queda expressiva na taxa de idosos internados e, portanto, de óbitos dessa faixa etária. O sucesso, a segurança e a eficácia da vacina vêm sendo observados", relatou o médico.
"A queda na presença de idosos na UTI nos alegra, mas, infelizmente, essas vagas têm sido ocupadas por mais jovens", lamentou.
Póvoa ressaltou a necessidade de entender o objetivo principal da imunização contra a covid-19. "A vacina busca tornar a doença mais branda. A eficácia para evitar completamente o contágio não é total, infelizmente, mas a maioria das vacinas tornam as patologias mais atenuadas, sem impedir a infecção."
O geriatria citou como exemplo o imunizante contra a gripe. "É uma vacina que não tem intuito de evitar completamente que a pessoa tenha gripe, mas evita o risco de as pessoas vulneráveis, como os idosos, morram pela doença", explicou.
Usando como exemplo a morte do cantor Agnaldo Timóteo, em que desconfia-se que a contaminação pela COVID-19 tenha ocorrido entre as doses da vacina, Póvoa destacou a importância de manter os cuidados e as medidas de segurança, mesmo depois da imunização completa contra a doença.
"Os casos mostram que vacina pode não ter proteção completa, mas é a melhor ferramenta que temos, em termos de saúde pública, contra a doença e a redução dos casos é real. Os benefícios estão provados", completou.
O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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