A Associação de Medicina Brasileira (AMB) juntamente com outras entidades de medicina e médicos de vários estados, participaram de uma coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (9/4) para apresentar um documento que já existe internacionalmente, que trata das ofertas de leitos de UTI, principalmente na pandemia da COVID-19.
De acordo com a médica Lara Kretzer, da Associação de Medicina Intensiva Brasileira, o documento inclui recomendações de alocamento de recursos em esgotamento diante da pandemia do COVID-19. O objetivo é reduzir a transmissão do vírus para diminuir o número de leitos de UTI ocupados, assim como o número de casos graves.
Segundo a médica, ''a crise imposta pelo COVID-19 está sendo um grande desafio ao sistema de saúde brasileiro. Como consequência, temos o aumento da demanda de serviços especializados, nos setores de emergência e nas unidades de terapia intensivas (UTI), além da falta de alguns insumos básicos, como medicamentos, oxigênio e ventiladores e até mesmo equipamentos de proteção individual".
Lara diz que o documento serve para auxiliar os profissionais da saúde em como proceder na hora de enviar um paciente para a UTI, passando primeiramente por um processo de triagem e avaliação. As recomendações, inclusive, seguem as normas do Conselho Federal de Medicina(CFM), que já existe desde o início da pandemia.
O documento diz que a oferta das vagas de leitos de UTI depende ou pode ser baseada nas probabilidades de recuperação dos pacientes, e que pacientes com baixa expectativa de recuperação ou que se aproximam da morte, recebam, preferencialmente, cuidados paliativos. O documento passou por uma avaliação de advogados, pelo Judiciário, médicos e pela possível aprovação da população.
O documento diz que a oferta das vagas de leitos de UTI depende ou pode ser baseada nas probabilidades de recuperação dos pacientes, e que pacientes com baixa expectativa de recuperação ou que se aproximam da morte, recebam, preferencialmente, cuidados paliativos. O documento passou por uma avaliação de advogados, pelo Judiciário, médicos e pela possível aprovação da população.
''Este documento deve ser usado apenas em capacidade de crise, ou seja, quando as medidas de contingência não derem conta de acomodar todos os pacientes. Um aspecto importante dessas recomendações é que comissões de triagem devem ser criadas e serão responsáveis por fazer a boa gestão deste protocolo, de garantir sua transparência e a correta aplicação’’, explicou a médica Lara Kretzer.
Os critérios informados neste documento devem ser aplicados em todos os pacientes sem distinção, incluindo os pacientes de COVID-19 e de outras doenças.
O presidente da AMB, César Fernandes, disse que ''em resumo, a proposta é tranquilizar a população e oferecer aos profissionais de saúde uma metodologia universalmente aplicada e simplesmente dar uma transparência a este processo''.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.