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Estado de Minas CRIME

Henry Borel 'vive' nas redes sociais, em meio a pedidos de justiça

Mais de 20 perfis com o nome do garoto, que teria morrido após uma sessão de torturas, foram abertos no Instagram e no Facebook


09/04/2021 17:27 - atualizado 09/04/2021 17:59

O menino Henry Borel(foto: Reprodução)
O menino Henry Borel (foto: Reprodução)

Morto há pouco mais de um mês, Henry Borel, de 4 anos, ainda "vive" nas redes sociais. Mais de 20 perfis com o nome do garoto, que teria morrido após uma sessão de torturas, foram abertos no Instagram e no Facebook. Pedem "justiça" para o menino que, segundo a Polícia, morreu pelas mãos do padrasto, o vereador carioca Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho. O crime teria tido a suposta cumplicidade da mãe, Monique Medeiros. O casal foi preso provisoriamente na quinta, 8, acusado de interferir nas investigações. Nega o crime. Alega que a criança foi encontrada desmaiada e pode ter sofrido uma queda, o que é incompatível com exames periciais.

Algumas postagens são comuns a vários perfis. Há muitas fotos do menino, - em algumas sorri, em outra mostra as mãos e o rosto sujos de tinta azul. Há ainda montagens e caricaturas, que às vezes o apresentam como um anjo, com asas e até auréola. Pequenos textos condenam a violência contra crianças e pedem atenção aos sinais de agressões contra os pequenos. Há também fotos dos dois suspeitos. No Facebook, foram postadas reportagens de televisão sobre o caso.

"Nunca mais ignore a insatisfação de um anjo!", clama, em letras vermelhas, o perfil #henryborel no Instagram. "Que a justiça seja feita." Uma postagem remete ao vídeo de uma live, na campanha eleitoral, na qual Dr. Jairinho disse: "A gente tem que dar o exemplo, vai levando para as nossas gerações, para os nossos filhos."

Na mesma rede social, no perfil #henryborelmedeiros, uma foto do menino é cortada pelos dizeres: "...e você descansará em paz, Henry!" Traz fotos da prisão do casal e reprodução do laudo pericial feito no corpo, exibido na Rede Globo. O documento mostra as múltiplas lesões sofridas pelo menino, constadas pelo Instituto Médico-Legal, na cabeça, rim, pulmão, nariz. Também há trechos de diálogos entre Monique e uma babá, via WhatsApp. São indícios, segundo a Polícia, de que a mãe sabia que o menino era agredido por Dr. Jairinho e encobria esses crimes.

Uma comunidade no Facebook, "Justiça para Henry Borel", tinha, até o início da tarde desta sexta-feira, quase 5.500 seguidores. Traz uma entrevista do pai do garoto, Leniel Borel, à Rede Globo. Também há reportagens sobre o caso divulgadas na internet. Há ainda muitas fotos do menino, geralmente sorridente, além de duras críticas a Monique.


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