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Estado de Minas PANDEMIA

Governo Bolsonaro gastou R$100 mil para conhecer spray anti-COVID em Israel

Governo gastou cerca de R$ 100 mil somente com hospedagem, diárias e salas de apoio. Informação foi divulgada em reportagem publicada pela Folha de S. Paulo


11/04/2021 17:26 - atualizado 11/04/2021 18:19

(foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
(foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
No mês passado, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) passou a apostar, depois da cloroquina, remédio sem eficância comprovada no tratamento contra a COVID-19, em um spray nasal produzido em Israel como uma nova forma de tratamento da doença. Este, mais uma vez, sem comprovação de eficácia contra o coronavírus.

Nesse sabado (10/4) a Folha de S. Paulo publicou a informação que o Ministério das Relações Exteriores gastou cerca de R$ 100 mil somente com hospedagem, diárias e salas de apoio na viagem feita a Israel em março, quando a comitiva comandada pelo então chanceler Ernesto Araújo e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) tratou o spray como 'milagroso'.

"O relatório de custos, enviado ao deputado Ivan Valente (PSOL-SP) após pedido via Lei de Acesso à Informação, não inclui as despesas com os aviões que os levaram até lá, da FAB, dados que, segundo o Itamaraty, estão em posse do Ministério da Defesa", informou a reportagem.

Do valor total, R$ 5.600 (US$ 970) foram pagos ao ex-ministro Ernesto Araújo, referentes a 2,5 diárias. Os valores se referem a gastos com a equipe do ministério e não incluem, por exemplo, as depesas dos deputados Eduardo Bolsonaro e Hélio Lopes (PSL-RJ).

'Spray nasal não tem o menor cabimento'

Em março. a despeito dos discursos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o infectologista Carlos Starling, do Comitê de Enfrentamento à COVID-19 da Prefeitura de Belo Horizonte lembrou pedido da Organização Mundial de Saúde (OMS).

A entidade solicitou ao Brasil que monitore o avanço da doença em território nacional, para evitar o espalhamento de variantes. “Temos a vacina. Não temos em número suficiente. Temos que investir nisso. Investir em qualquer outra coisa, (como) spray nasal, não tem o menor cabimento. (São) tratamentos que não têm sentido. Precisamos de vacina urgentemente”, disse Starling em coletiva de imprensa em 3 de março.

O que é um lockdown?

Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.


Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas



 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.


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