O comando da Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que, até agora, seu estudo abrangente Solidarity mostra não haver evidências de que o medicamento remdesivir seja bem-sucedido para auxiliar no tratamento de pacientes hospitalizados por covid-19. A entidade notou, durante entrevista coletiva virtual, que outros estudos menores viram benefícios no uso do remédio, mas apenas em alguns subgrupos.
Cientista-chefe da instituição, Soumya Swaminathan disse que alguns estudos menores mostraram "benefícios marginais" com o uso do remdesivir. Segundo ela, a análise do medicamento continua a ocorrer, mas até agora não houve a conclusão de que seu uso poderia ser vantajoso no tratamento.
A diretora técnica da resposta da OMS à pandemia, Maria Van Kerkhove, também comentou o assunto. Segundo ela, no momento a recomendação da entidade é que não se use o medicamento, por falta de evidência de sua eficácia.
Em outro momento da coletiva, Kerkhove alertou para o "aumentou exponencial" dos casos da covid-19 pelo mundo em semanas recentes, voltando a enfatizar a importância de medidas como o distanciamento social e o uso de máscaras para conter o problema. Kerkhove ainda defendeu que primeiro todos os profissionais de saúde do mundo sejam vacinados, antes que se passem para outros grupos.
Swaminathan, por sua vez, falou sobre uma força-tarefa que busca expandir a produção e combater barreiras para a exportação de vacinas, de modo a acelerar a imunização pelo mundo.
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