Aproximadamente 1,5 milhão de brasileiros que foram contemplados na primeira etapa de imunização contra a COVID-19 estão com atrasos para receber a segunda dose, necessária tanto para quem recebeu a CoronaVac quanto a vacina de Oxford/AstraZeneca. O cálculo é do Ministério da Saúde, que alerta para a necessidade de procurar os postos de vacinação para a aplicação do reforço, ainda que fora do prazo recomendado.
"Quem atrasou e não conseguiu com 28 dias, no caso da CoronaVac, ou 84 dias, da AstraZeneca, deve completar o esquema. Vamos emitir uma lista por unidade federada com essa situação", afirmou a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Francieli Fantinato, nesta terça-feira (13/4), em conversa com jornalistas no MS.
A partir desse levantamento, a necessidade imediata é de discussão junto aos conselhos nacionais de secretários de saúde estaduais e municipais (Conass e Conasems) para que o sistema tripartite elabore "uma estratégia para buscar essas pessoas, a fim de que elas completem o esquema e garantam a eficácia das vacinas", completou Fantinato.
Doses casadas
O motivo do atraso não foi justificado pela falta de doses disponíveis aos estados. Em razão dos atrasos do ingrediente farmacêutico ativo (IFA), no entanto, o Ministério da Saúde avalia se voltará a mandar aos estados as doses casadas, exigindo dos gestores locais reservar metade da remessa para segunda aplicação ou se continua enviando doses apenas para as primeiras aplicações e, posteriormente, garante outro envio para o reforço.
"A orientação sempre vem pelo informe técnico semanal. Temos feito um trabalho grande com os coordenadores estaduais para que possam orientar os municipais", disse a coordenadora do PNI. Nesta semana, a pasta espera receber mais 5 milhões de doses de vacinas para garantir nova distribuição aos entes federados.
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O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:
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