Ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Julian Rocha Pontes foi transferido para a reserva remunerada. A exoneração, a pedido, foi publicada na edição desta quarta-feira (14/4) do Diário Oficial do DF (DODF) e assinada pelo comandante-geral da corporação, Márcio Vasconcelos. Julian Pontes saiu do cargo após ter tomado a “xepa” da vacina contra a COVID-19 antes dos mais de 9 mil praças que trabalham nas ruas.
Fontes informaram que o ex-comandante-geral se vacinou na Unidade Básica de Saúde I (UBS I) da Asa Sul, em 31 de março. A situação gerou desconforto e tensão entre os militares. Além do coronel, o ex-subcomandante-geral da PM, coronel Cláudio Fernando Condi, e o irmão dele, o subcomandante operacional do 2º Comando de Policiamento Regional, tenente-coronel Eduardo Condi, também receberam o imunizante. Em resposta ao Correio, na época, Julian Pontes afirmou que o ato “não foi ilegal” e defendeu que, em nenhum momento, furou os critérios estabelecidos para a vacinação.
O atual comandante-geral tomou posse do cargo em 2 de abril. Poucos dias depois, Márcio Vasconcelos exonerou toda a cúpula da PM, incluindo o ex-subcomandante geral, Cláudio Fernando Condi, e responsáveis por outras áreas, como a chefia do Estado Maior e do Departamento Operacional (DOP). Outras mudanças ocorreram na direção da seção de pessoal, saúde e legislação, no departamento de saúde e assistência ao pessoal, no de educação e cultura, de controle e correição e do 2º Comando de Policiamento Regional, do Departamento de Operações.