Pressionado para acelerar a vacinação contra a COVID-19 no Brasil, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou nesta quarta-feira (14/4) a antecipação de mais 2 milhões de doses da vacina da Pfizer que serão entregues até junho. Segundo o ministro, a farmacêutica irá entregar nos próximos meses 15,5 milhões de unidades do imunizante Comirnaty. A previsão anterior era de 13,5 milhões.
"Trago para o senhores uma boa notícia: a antecipação de doses da vacina da Pfizer, fruto de ação direta do presidente da República, Jair Bolsonaro, com o principal executivo da Pfizer, que resulta em 15,5 milhões da Pfizer já no mês de abril, maio junho", anunciou Queiroga, em entrevista coletiva após a segunda reunião do comitê para o enfrentamento da pandemia.
Apesar de anunciar a antecipação de 2 milhões de doses, o ministro não detalhou quando elas serão entregues. Em comunicado oficial do dia 7 de abril, a Pfizer informou que um milhão de doses da vacina chegariam ainda este mês e outros 2,5 milhões em maio, e "o restante, escalonado progressivamente até setembro". No total, o governo federal negociou 100 milhões de unidades a serem entregues até o fim de 2021.
"Estamos muito honrados em trabalhar com o governo brasileiro e em colocar nossos recursos científicos e produtivos a favor de nosso objetivo comum de vacinar a população brasileira contra a covid-19 o mais rapidamente possível", dizia o texto. O Correio questionou a farmacêutica sobre uma possível nova alteração nas datas, após a reunião com o Ministério da Saúde, mas, em comunicado, a empresa apenas reafirmou o compromisso de entregar as "100 milhões de doses da nossa vacina até o final do 3º trimestre de 2021, com um cronograma de doses crescente ao longo dos próximos meses".
Para além do contrato de 100 milhões de doses, o Brasil deverá ter acesso a Pfizer por meio do consórcio Covax Facility. Em junho, está programada a chegada de mais de 800 milhões de unidades, conforme comunicado do mecanismo multilateral ao Ministério das Relações Exteriores. "Cabe ressaltar que esses 842.400 doses não fazem parte dos 100 milhões já contratadas pelo Ministério da Saúde diretamente com a farmacêutica", ressaltou o Itamaraty, em comunicado à imprensa.