Com as campanhas de vacinação contra a COVID-19 e contra a gripe ocorrendo de forma simultânea no Brasil, alguns municípios relataram confusão na hora da aplicação dos imunizantes. Em Diadema (SP), cinco crianças receberam a CoronaVac, imunizante contra a COVID-19 produzido pelo Instituto Butantan, equivocadamente, no lugar da vacina contra a gripe.
O problema é que a CoronaVac ainda não foi testada em crianças e, por isso, não deve ser aplicada neste grupo. A Prefeitura de Diadema informou que, assim que identificou o erro, chamou os pais das crianças vacinadas para receberem orientações sobre como proceder.
“Informamos ainda que as crianças serão acompanhadas pelos próximos 42 dias e terão todo o apoio necessário. Uma médica da Atenção Básica da SMS foi escalada para realizar esse acompanhamento de perto”, diz a nota da prefeitura.
Além disso, um processo administrativo para apuração dos fatos foi aberto e as funcionárias envolvidas no ocorrido serão afastadas. “Reforçamos que foi um caso isolado e que serviu para ampliarmos ainda mais os nossos cuidados”, completa a nota.
Segundo a prefeitura, a vacinação contra a COVID-19 e a contra a Influenza estão sendo feitas em salas separadas “para que não haja cruzamento de fluxo dos pacientes adultos com crianças”.
Mudança no grupo prioritário visava evitar confusões
Para evitar confusões entre as campanhas, o Ministério da Saúde mudou a ordem de vacinação dos grupos prioritários na imunização contra a gripe. Diferentemente dos outros anos, os idosos não estão na primeira fase de vacinação da Influenza, para que as aplicações não coincidam. As pessoas com mais de 60 anos estão sendo imunizadas contra a COVID-19 de forma escalonada.
Dessa forma, os idosos com 60 anos ou mais só receberão a vacina da gripe na segunda etapa, junto dos professores, entre 11 de maio e 8 de junho. Na primeira etapa, que começou na última segunda-feira (12) e vai até 10 de maio, crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade, gestantes, puérperas, povos indígenas e trabalhadores da saúde serão vacinados.
Já na última etapa, que vai de 9 de junho até 9 de julho, o restante da população incluída no grupo prioritário é que será imunizado. Dessa forma, o Ministério da Saúde pretende vacinar pelo menos 90% do público-alvo da vacinação contra a gripe, estimado em 79,7 milhões de brasileiros, até 9 de julho.