A Câmara Municipal do Rio afastou o vereador Dr. Jairinho (sem partido, ex-Solidariedade) da presidência da Comissão de Justiça e Redação, a mais importante da Casa.
Preso acusado de matar o enteado Henry, de 4 anos, o parlamentar teve o afastamento publicado no Diário Oficial desta segunda-feira, 19, com assinatura do presidente do Legislativo carioca, Carlo Caiado (DEM).
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Caso Henry Borel: 4 reviravoltas que mudaram o curso das investigaçõesAdvogados do pai de Henry esperam condenação máxima para mãe e JairinhoCaso Henry: testemunha diz que menino ligou para a mãe após apanhar Jairinho anexou foto com filho de Bolsonaro e alegou ser 'pai carinhoso'Filho diz que Flordelis sabia dos planos para matar AndersonAo apresentar os motivos que justificam a medida, Caiado citou a expulsão de Jairinho dos quadros do Solidariedade, partido pelo qual foi eleito pela última vez. Ele determina ainda que seja incluída na pauta a deliberação do plenário para escolher um novo membro interino para a comissão. Antes, Jairinho já havia sido expulso do Conselho de Ética.
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Diante da repercussão do crime – Henry teria sido morto após sessão de tortura praticada por Jairinho –, o vereador pode até ser o primeiro da história a ser cassado pela Câmara do Rio.
Mesmo com histórico de prisões ao longo deste século, a Casa sempre optou por deixar com a Justiça esse tipo de decisão, limitando-se a cumprir o regimento interno. Desta vez, fala-se em agir por contra própria para cassar o mandato.
O vereador está em prisão temporária – válida por 30 dias – desde o último dia 8. Com o inquérito já avançado, a tendência é que ele seja denunciado pela morte e tenha a prisão convertida em preventiva, que não tem prazo tão limitado quanto a temporária.
Laudos, conversas e imagens embasam a investigação policial. A namorada de Jairinho e mãe de Henry, Monique Medeiros, também está presa.