O Brasil se tornou o país das Américas com maior taxa de mortes causadas por COVID-19 por milhão de habitantes. Assumiu essa posição depois de ultrapassar México, Peru e Estados Unidos.
Os dados são do site Our World in Data, da Universidade Johns Hopkins, e foram analisados pelo demógrafo José Eustáquio Alves. No dia 16, o coeficiente de mortalidade do Brasil ficou em 1.735 óbitos por milhão de habitantes por aqui. O dos EUA fechou em 1.711 por milhão de habitantes.
Em números absolutos, os Estados Unidos ainda lideram. Têm o maior número de mortes pela doença: 570 mil. O Brasil é o segundo, com 375.049, conforme os dados do consórcio da imprensa. Mas o País deve ultrapassar os EUA em número absoluto de mortes no segundo semestre de 2021, pelo ritmo seguido pela covid-19 aqui, conforme projetam especialistas da Universidade de Washington (EUA).
Em 1.º de março, os Estados Unidos tinham 516 mil mortes, e o Brasil, 256 mil (ou 50% do total americano). No dia 16 de abril, os Estados Unidos alcançavam 567 mil óbitos, ante 369 mil no Brasil (65% das perdas americanas).
Como a vacinação está muito mais avançada nos Estados Unidos do que no território brasileiro, e o número de casos da doença continua em patamar muito alto no Brasil, segundo o levantamento, em agosto o País já poderá ter o equivalente a 95% do total de casos americanos.
O Brasil registrou 1.607 novas mortes pela COVID-19 nesta segunda-feira (19/4). A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 2.860 e apresentou uma leve queda em relação ao dia anterior, quando ficou em 2878.
"Acho essa previsão um pouco exagerada", diz José Eustáquio Alves. "Mas, de qualquer forma, estamos a caminho de ultrapassar os Estados Unidos em número absoluto de mortes. Se não for em agosto, será em setembro ou outubro."
Na conta de mortes por milhão, Brasil só não está na frente de países pequenos e com população idosa. Atualmente, o País ocupa a 11.ª posição no ranking com a maior proporção de vidas perdidas para a pandemia.
Nas primeiras posições estão a República Checa e a Hungria, com mais de 2,5 mil mortes por milhão de habitantes. Depois, vem Bósnia-Herzegovina, Bulgária, Macedônia do Norte, Bélgica e Eslováquia. Todas têm coeficientes acima dos 2 mil óbitos por milhão. "São países pequenos, muito frios e com grande número de idosos", explica Alves. O cálculo não são considera nações com menos de 100 mil habitantes, como Gibraltar e San Marino.
Se a pandemia não for mitigada no Brasil, o País pode ultrapassar o Reino Unido ainda em abril e superar a Itália em maio. Nessa hipótese, ficará em companhia apenas dos pequenos países de clima frio e estrutura etária envelhecida. A média de mortes no mundo é de 385 por milhão. Entre os países menos afetados pela doença estão Nova Zelândia (5 óbitos por milhão), China (3), Camboja (2), Taiwan (0,5) e Vietnã (0,4).
Desde que foi detectado no fim de 2019, o novo coronavírus matou mais de 3 milhões de pessoas ao redor do mundo. A marca foi alcançada no sábado, também de acordo com a universidade americana Johns Hopkins, referência no tema. O registro foi de 3.002.053 de óbitos pelo novo coronavírus.
Somente na semana passada, 12 mil óbitos foram registrados por dia, em média, de acordo com levantamento da agência de notícias francesa AFP. Do total, o Brasil é responsável por quase um quarto dos registros. O número total de vidas perdidas é maior do que a população de todas as capitais brasileiras, com as exceções de São Paulo, Rio e Brasília.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Os dados são do site Our World in Data, da Universidade Johns Hopkins, e foram analisados pelo demógrafo José Eustáquio Alves. No dia 16, o coeficiente de mortalidade do Brasil ficou em 1.735 óbitos por milhão de habitantes por aqui. O dos EUA fechou em 1.711 por milhão de habitantes.
Em números absolutos, os Estados Unidos ainda lideram. Têm o maior número de mortes pela doença: 570 mil. O Brasil é o segundo, com 375.049, conforme os dados do consórcio da imprensa. Mas o País deve ultrapassar os EUA em número absoluto de mortes no segundo semestre de 2021, pelo ritmo seguido pela covid-19 aqui, conforme projetam especialistas da Universidade de Washington (EUA).
Em 1.º de março, os Estados Unidos tinham 516 mil mortes, e o Brasil, 256 mil (ou 50% do total americano). No dia 16 de abril, os Estados Unidos alcançavam 567 mil óbitos, ante 369 mil no Brasil (65% das perdas americanas).
Como a vacinação está muito mais avançada nos Estados Unidos do que no território brasileiro, e o número de casos da doença continua em patamar muito alto no Brasil, segundo o levantamento, em agosto o País já poderá ter o equivalente a 95% do total de casos americanos.
O Brasil registrou 1.607 novas mortes pela COVID-19 nesta segunda-feira (19/4). A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 2.860 e apresentou uma leve queda em relação ao dia anterior, quando ficou em 2878.
"Acho essa previsão um pouco exagerada", diz José Eustáquio Alves. "Mas, de qualquer forma, estamos a caminho de ultrapassar os Estados Unidos em número absoluto de mortes. Se não for em agosto, será em setembro ou outubro."
Países menores
Na conta de mortes por milhão, Brasil só não está na frente de países pequenos e com população idosa. Atualmente, o País ocupa a 11.ª posição no ranking com a maior proporção de vidas perdidas para a pandemia.
Nas primeiras posições estão a República Checa e a Hungria, com mais de 2,5 mil mortes por milhão de habitantes. Depois, vem Bósnia-Herzegovina, Bulgária, Macedônia do Norte, Bélgica e Eslováquia. Todas têm coeficientes acima dos 2 mil óbitos por milhão. "São países pequenos, muito frios e com grande número de idosos", explica Alves. O cálculo não são considera nações com menos de 100 mil habitantes, como Gibraltar e San Marino.
Se a pandemia não for mitigada no Brasil, o País pode ultrapassar o Reino Unido ainda em abril e superar a Itália em maio. Nessa hipótese, ficará em companhia apenas dos pequenos países de clima frio e estrutura etária envelhecida. A média de mortes no mundo é de 385 por milhão. Entre os países menos afetados pela doença estão Nova Zelândia (5 óbitos por milhão), China (3), Camboja (2), Taiwan (0,5) e Vietnã (0,4).
Três milhões de vítimas
Desde que foi detectado no fim de 2019, o novo coronavírus matou mais de 3 milhões de pessoas ao redor do mundo. A marca foi alcançada no sábado, também de acordo com a universidade americana Johns Hopkins, referência no tema. O registro foi de 3.002.053 de óbitos pelo novo coronavírus.
Somente na semana passada, 12 mil óbitos foram registrados por dia, em média, de acordo com levantamento da agência de notícias francesa AFP. Do total, o Brasil é responsável por quase um quarto dos registros. O número total de vidas perdidas é maior do que a população de todas as capitais brasileiras, com as exceções de São Paulo, Rio e Brasília.
O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
Entenda as regras de proteção contra as novas cepas