Levantamento realizado pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), nessa terça-feira (20/4), indica uma leve melhora em relação à falta de medicamentos para tratamento de pacientes da COVID. O kit intubação (anestésicos, sedativos e relaxantes musculares) ainda é o item mais crítico. Dos 65 hospitais que responderam à pesquisa, 18,5% seguem com estoque no alerta vermelho (com duração de até cinco dias), 31% na semana passada.
São 12 instituições localizadas em São Paulo (SP), Atibaia (SP), Porto Alegre (RS), Cruz Alta (RS), Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG), Ipatinga (MG), Uberlândia (MG), Juiz de Fora (MG), João Pessoa (PB) e Cuiabá (MT) que relatam estar em situação crítica em relação ao desabastecimento do kit COVID.
O estoque desses hospitais é suficiente para cinco dias ou menos. Há uma semana eram 22 hospitais em situação crítica relacionada ao estoque do kit intubação.
Sobre a falta de anestésicos, os números apresentaram melhora sensível. A pesquisa apurou que nove hospitais ainda estão em fase crítica, com estoque inferior ou igual a 5 dias, contra 20 instituições na semana passada. Eles estão em São Paulo (SP), Atibaia (SP), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG), Ipatinga (MG), Uberlândia (MG), João Pessoa (PB) e Cuiabá (MT).
De acordo com o diretor-executivo da associação, Antônio Britto, o cenário se deve ao menor número de pacientes que estão internados e acabam impactando em um menor consumo dos insumos. "Vale destacar os esforços que estão sendo feitos por nossos hospitais, que seguem em uma busca incessante pela importação desses medicamentos. Ainda que o abastecimento esteja ocorrendo de forma muito a conta-gotas, a organização e o planejamento já mostram resultado."
A falta de ventiladores em quantidade adequada continua problema para cinco hospitais. Eram dez instituições na semana anterior. Os hospitais que se encontram em pior situação estão localizados nas cidades de São Paulo (SP), Belém (PA), Curitiba (PR), Cuiabá (MT) e Salvador (BA).O material também mostra que a taxa de ocupação de leitos de UTI, destinados à pacientes com Covid-19, é de 81,75% nos hospitais associados. Os números apontam uma leve melhora em relação ao cenário da semana anterior (85,14%).
A associação tem realizado levantamentos entre os seus afiliados, para identificar aqueles que apresentam cenários mais graves em relação à falta de insumos. O propósito é informar ao Ministério da Saúde sobre o desabastecimento dos insumos e dar suporte aos hospitais filiados.
O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
Entenda as regras de proteção contra as novas cepas