Com a explosão de infecções e o colapso do sistema de saúde nas últimas semanas, o novo coronavírus já fez mais vítimas no Brasil em 2021 do que em todo o ano passado. De janeiro até sábado (24/4), foram 195.949 mortes pela doença, ante 194.976 em 2020. No total, são 390.925 óbitos - o segundo maior país com mais perdas.
Neste domingo (25/4), foram registradas 1.316 mortes nas últimas 24h, segundo o consórcio de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL, que reúne dados das 27 secretarias estaduais de Saúde. O País registrou na última semana ligeira redução na média de mortos pela COVID, mas ainda e patamar elevado, perto de 2,5 mil registros. Especialistas temem que o recente relaxamento das restrições estenda o período agudo da crise sanitária e imponha nova pressão sobre os hospitais. Redes de saúde em várias regiões têm sofrido com mortes de pacientes na fila por leitos, falta de remédios do kit intubação e irregularidade no abastecimento de oxigênio.
São Paulo, Rio e Belo Horizonte são algumas das regiões que afrouxaram medidas nos últimos dias. Já o presidente Jair Bolsonaro 9sem partido), que adotado postura negacionista e ataca o lockdown, chegou a dizer na última sexta (23/4) que as Forças Armadas poderiam ir às ruas para acabar com "essa covardia de toque de recolher". Bolsonaro chegou a acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) contra regras do tipo, mas a ação não foi acolhida.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, falou anteontem em queda de casos, fez defesa do uso de máscaras, mas evitou sair em defesa do lockdown. "Temos assistido nos últimos dias a uma tendência de redução de diagnósticos de pacientes com COVID, como consequência, a diminuição na pressão do sistema de saúde, o que consequentemente nos dá diminuição de pressão de insumos, como kit intubação e oxigênio."
Na negociação do Orçamento, o Ministério da Economia limitou verbas para vacinas, kit intubação e custeio de leitos pedidas pela Saúde, como mostrou o Estadão. A pasta de Paulo Guedes questionou sobre "arrefecimento da crise" - especialistas, porém, ainda não veem queda consistente de casos.
O ritmo de vacinação, por outro lado, continua lento. Anteontem, o Ministério da Saúde apresentou um cronograma com 31% menos doses de imunizantes para maio. A redução, entre outros motivos, se deu pela retirada do plano oficial das vacinas russa Sputnik V e da indiana Covaxin, que ainda não têm registro no Brasil. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reúne nesta segunda-feira (26/4), para decidir se autoriza a importação da Sputnik.
Na semana passada, o órgão regulador alegou falta de dados sobre a segurança e a eficácia do produto para liberar a aquisição. A manifestação foi feita na Justiça, após o ministro Ricardo Lewandowski, do STF, dar prazo para que a autarquia decida sobre pedido de compra pelo governo do Maranhão. Outros gestores locais - como os da Bahia, do Piauí e um consórcio de Estados do Centro-Oeste - têm interesse em trazer o produto.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Neste domingo (25/4), foram registradas 1.316 mortes nas últimas 24h, segundo o consórcio de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL, que reúne dados das 27 secretarias estaduais de Saúde. O País registrou na última semana ligeira redução na média de mortos pela COVID, mas ainda e patamar elevado, perto de 2,5 mil registros. Especialistas temem que o recente relaxamento das restrições estenda o período agudo da crise sanitária e imponha nova pressão sobre os hospitais. Redes de saúde em várias regiões têm sofrido com mortes de pacientes na fila por leitos, falta de remédios do kit intubação e irregularidade no abastecimento de oxigênio.
São Paulo, Rio e Belo Horizonte são algumas das regiões que afrouxaram medidas nos últimos dias. Já o presidente Jair Bolsonaro 9sem partido), que adotado postura negacionista e ataca o lockdown, chegou a dizer na última sexta (23/4) que as Forças Armadas poderiam ir às ruas para acabar com "essa covardia de toque de recolher". Bolsonaro chegou a acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) contra regras do tipo, mas a ação não foi acolhida.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, falou anteontem em queda de casos, fez defesa do uso de máscaras, mas evitou sair em defesa do lockdown. "Temos assistido nos últimos dias a uma tendência de redução de diagnósticos de pacientes com COVID, como consequência, a diminuição na pressão do sistema de saúde, o que consequentemente nos dá diminuição de pressão de insumos, como kit intubação e oxigênio."
Na negociação do Orçamento, o Ministério da Economia limitou verbas para vacinas, kit intubação e custeio de leitos pedidas pela Saúde, como mostrou o Estadão. A pasta de Paulo Guedes questionou sobre "arrefecimento da crise" - especialistas, porém, ainda não veem queda consistente de casos.
O ritmo de vacinação, por outro lado, continua lento. Anteontem, o Ministério da Saúde apresentou um cronograma com 31% menos doses de imunizantes para maio. A redução, entre outros motivos, se deu pela retirada do plano oficial das vacinas russa Sputnik V e da indiana Covaxin, que ainda não têm registro no Brasil. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reúne nesta segunda-feira (26/4), para decidir se autoriza a importação da Sputnik.
Na semana passada, o órgão regulador alegou falta de dados sobre a segurança e a eficácia do produto para liberar a aquisição. A manifestação foi feita na Justiça, após o ministro Ricardo Lewandowski, do STF, dar prazo para que a autarquia decida sobre pedido de compra pelo governo do Maranhão. Outros gestores locais - como os da Bahia, do Piauí e um consórcio de Estados do Centro-Oeste - têm interesse em trazer o produto.
O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
Entenda as regras de proteção contra as novas cepas