Desembargador de Santa Catarina, Paulo Ricardo Bruschi, de 60 anos, morreu na última sexta-feira (23/4) na cidade catarinense de Tubarão e é mais uma das milhares de vítimas da COVID-19 no Brasil. Servidor do Poder Judiciário estadual desde 1993, Bruschi tomou algumas decisões em relação ao coronavírus desde o início da pandemia, em março de 2020.
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Já há pouco mais de um mês, Bruschi declarou ilegal uma greve de professores em Florianópolis, capital de Santa Catarina. A decisão, em caráter liminar, agora desagradou o Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Municipal (Sintrasem).
"Neste compasso, nesta fase de cognição sumária, ao que se dessome, o Sindicato requerido não atendeu a todos os requisitos legitimadores do movimento grevista, porquanto, como visto, não atendeu às determinações estabelecidas na Lei nº 7.783/89, sobretudo a necessidade de manutenção do mínimo, em razão da essencialidade do serviço. Diante deste contexto, no momento, deve ser reconhecida a ilegalidade da deflagração da greve", justificou o desembargador.
O Tribunal de Justiça de Santa Catarina decretou três dias de luto oficial por conta do falecimento do desembargador. Segundo dados desse domingo do governo estadual, 13.119 pessoas morreram em solo catarinense. São 873.102 casos confirmados, com 840.588 recuperações e 19.395 ativos.