O Ministério da Saúde recomendou nesta terça-feira (27/4) que a população tome a segunda dose da vacina contra a COVID-19 mesmo fora do prazo estipulado na bula do fármaco. A recomendação ocorre em meio a registros de pessoas que não conseguiram receber a segunda aplicação ao procurar os postos de saúde em várias cidades do Brasil.
“A população deve tomar a segunda dose da vacina COVID-19 mesmo que a aplicação ocorra fora do prazo recomendado pelo laboratório. Essa é a orientação do Ministério da Saúde, que reforça a importância de se completar o esquema vacinal para assegurar a proteção adequada contra a doença”, disse a pasta em nota técnica.
Os dois imunizantes contra o novo coronavírus que estão disponíveis no Programa Nacional de Imunizações (PNI) precisam de duas doses para garantir a imunização completa contra a doença.
Enquanto a CoronaVac, produzida pela Sinovac e Instituto Butantan, precisa se reaplicada no intervalo de até quatro semanas, a vacina de Oxford/AstraZeneca, produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Brasil, precisa de reaplicação no intervalo de 12 semanas.
Falta de vacinas
Nessa segunda-feira (26), durante sessão da Comissão da COVID-19, no Senado Federal, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, admitiu que não há quantitativo para garantir o reforço da vacinação da CoronaVac a todos, em razão dos atrasos na importação do ingrediente farmacêutico ativo (IFA).
Segundo o ministério, há três grupos prioritários pendentes da segunda aplicação da vacina produzida pelo Butantan: 3% dos trabalhadores da saúde, 6,2% das forças de segurança, salvamento e Forças Armadas e 1,9% dos idosos entre 60 e 64 anos.
Ao todo, 416.507 pessoas precisam tomar a segunda dose da CoronaVac.
“A previsão de envio da segunda dose para esses grupos é para a primeira semana de maio, cumprindo o ciclo vacinal no tempo adequado”, diz a nota da pasta.
O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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