O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta quarta-feira, 28, que o governo federal espera regularizar na semana que vem a aplicação da segunda dose da vacina Coronavac, pendente em alguns Estados por conta do atraso na entrega do imunizante. Queiroga citou que a demora na entrega de vacinas pelo Instituto Butantan decorreu principalmente do atraso na chegada do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), vindo da China.
"Esperamos que semana que vem sejam distribuídas doses de Coronavac suficientes para que haja uma regularização nacional dessa segunda dose", afirmou em pronunciamento à imprensa no Palácio do Planalto nesta quarta-feira. Hoje, Queiroga participou da terceira reunião do Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento da Pandemia da Covid-19.
O ministro também destacou que o governo dará continuidade à divulgação de cronograma de vacinação do País. "O Ministério da Saúde, como já informei previamente, semanalmente na terça-feira, atualizará esse cronograma (de vacinação) com as doses confirmadas e doses que tenhamos confirmação para o decorrer do ano", disse.
O secretário executivo da Saúde, Rodrigo Cruz, informou que amanhã devem chegar ao Brasil a primeira remessa de vacinas contratadas da Pfizer.
Casos e óbitos
Marcelo Queiroga disse também que o País vive um momento de queda nos casos e mortes pela covid-19, mas ainda está em um "momento de muita seriedade" da pandemia. O ministro também reforçou a necessidade da população de praticar o distanciamento social e usar máscaras de proteção.
"Ainda estamos em um momento de muita seriedade da pandemia. Esses óbitos estão caindo mas ainda estamos em um número de óbitos muito elevado", afirmou. O País registra recente queda nos números diários da pandemia, mas já acumula mais de 395 mil mortes pelo vírus. "Essa queda tem causado menor pressão sobre nosso sistema de saúde. Diversos Estados já têm uma situação mais confortável de disponibilidade de leitos", citou.
Segundo o ministro, o ritmo de vacinação depende da chegada dos Insumos Farmacêuticos Ativos, vindos principalmente da China, além da capacidade operacional dos Instituto Butantan e da Fiocruz.
Queiroga disse que na reunião do Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento da Pandemia da Covid-19 foi tratada, entre outras ações, a aprovação ontem no Senado de um projeto de lei sobre o aprimoramento de processos para incorporação de tecnologias e medicamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Com a medida, o governo espera maior facilidade para editar protocolos clínicos para o tratamento do novo coronavírus.
"Enquanto essa legislação não está aprovada, o Ministério da Saúde está editando notas técnicas com recomendações acerca do tratamento (contra a covid-19)", disse. Um dos protocolos já elaborados contra a doença, segundo o ministro, trata do uso do oxigênio e a intubação de pacientes.