No momento em que a vacinação se encontra em ritmo lento no Brasil, a população se mostra preocupada com a segurança no país. Foi o que mostrou uma pesquisa divulgada pelo instituto francês Ipsos nesta quarta-feira (28/4), que analisou dados que envolvem os brasileiros no enfrentamento à pandemia do coronavírus.
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Por sua vez, 75% dos brasileiros acham que deveria ser exigido cartão de vacinação em locais públicos, como casas de shows, eventos e estádios. E 63% acham que somente vacinados deveriam poder fazer coisas que envolvem grupos grandes de pessoas, como usar o transporte público, viajar e ir a eventos culturais ou esportivos.
Segundo o Ipsos, o Brasil é justamente o país com o maior percentual de pessoas que concordam que as atividades com grupos com mais pessoas deveriam ser restritos. Nos dados dos Estados Unidos, 62% concordaram com a restrição. Depois, vieram Canadá (61%) e México (59%).
Em contrapartida, o país com maior percentual de entrevistados que dizem acreditar que aplicar restrições como essas seria injusto com os não vacinados é a França (57%), seguida por Espanha (55%), Japão (53%) e Alemanha (53%).
Além disso, 66% dos brasileiros acham que lojas, restaurantes e escritórios deveriam exigir carteira de vacinação.
Em outra parte da pesquisa feita com brasileiros, 62% se sentiriam confortáveis caso seus empregadores tivessem acesso às informações pessoais de saúde e de vacinação. E 49% dos brasileiros não se importam caso o governo tivesse acesso a suas informações pessoais de saúde e de vacinação.
Pesquisa em 28 países
Além do Brasil, a amostra da pesquisa foi feita em outros 27 países, com aproximadamente 1.000 entrevistados na Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Itália, Japão, Espanha e os EUA, além de 500 pessoas em cada um destes países: Argentina, Chile, Colômbia, Hungria, Índia, Malásia, México, Holanda, Peru, Polônia, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, Suécia e Turquia.
Até o momento, 30 milhões de pessoas (14,29% da população mundial) receberam pelo menos uma dose da vacina contra a COVID-19. Mais de 13 milhões já receberam as duas doses, o que equivale a 6,61% da população.