A Câmara Municipal do Rio de Janeiro aceitou na tarde desta segunda-feira (3/5), a denúncia contra o vereador Jairo Souza Santos Junior, o doutor Jairinho, preso desde 8 de abril e apontado com responsável pelas agressões que causaram a morte de seu enteado Henry Borel, de 4 anos, em 8 de março, na Barra da Tijuca (Zona Oeste do Rio).
Agora será aberto um processo que deve terminar até julho e pode resultar na cassação do mandato de Jairinho. O vereador integrava o Solidariedade, que anunciou sua expulsão após a prisão do parlamentar. Nesta segunda-feira, Henry completaria cinco anos.
Agora será aberto um processo que deve terminar até julho e pode resultar na cassação do mandato de Jairinho. O vereador integrava o Solidariedade, que anunciou sua expulsão após a prisão do parlamentar. Nesta segunda-feira, Henry completaria cinco anos.
Agora a denúncia vai retornar ao Conselho de Ética, que nesta terça-feira deve sortear um relator para o processo, e só então ele será oficialmente aberto.
A primeira atividade do relator deve ser notificar o advogado do vereador Jairinho para que apresente defesa no prazo de 10 dias.
A fase de instrução do processo, em que serão colhidas provas e ouvidas testemunhas e o próprio vereador, deve se estender por 45 dias.
Depois, o processo será encaminhado a votação aberta em plenário. São necessários os votos de dois terços dos 51 vereadores.
O Estadão tentou ouvir a defesa de Jairinho a respeito da decisão da Comissão de Justiça e Redação da Câmara, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.
Inquérito
O inquérito da 16ª DP (Barra da Tijuca) que investiga a morte de Henry Borel deve ser concluído nesta segunda-feira.
Devem ser indiciados Jairinho e a mãe de Henry, Monique Medeiros, namorada do vereador, que também está presa.
Na última sexta-feira (30/4), Jairinho foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ) por torturar a filha de outra ex-namorada. A Justiça ainda não decidiu se aceita ou não essa denúncia.