Uma pesquisa rápida realizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) no final de abril evidencia mais um desafio no combate à COVID-19. O levantamento mostra que não há cooperação entre o Brasil e países da fronteira, levando em conta também as chamadas cidades gêmeas, que são vizinhas, mas em países diferentes, muitas vezes dividindo o território urbano.
Segundo a CNM, 204 municípios brasileiros compõem a linha de fronteira e as cidades gêmeas nos três arcos de divisa, nas regiões Norte, Centro e Sul do Brasil.
Entre os dias 26 e 30 de abril, o call center teve respostas de 82 municípios. Os nomes não foram divulgados. A pesquisa mostrou que 30,5% das localidades disseram existir medidas de cooperação entre os ministérios do Brasil e dos países latino-americanos da fronteira. “Isso significa que a maioria dos municípios não possui estratégias conjuntas entre os lados da fronteira, dificultando a colaboração no combate à pandemia e burocratizando ainda mais a ajuda mútua”, ressalta a CNM.
Segundo a entidade, 95,1% afirmaram que não houve empréstimo de oxigênio do país vizinho à cidade brasileira, e nem o contrário (93,9%). Somente 2,4% disseram ter recebido os medicamentos do kit intubação, cedidos ou por empréstimo.
A confederação também perguntou qual residente do município pode se vacinar contra a COVID-19 no país vizinho. As respostas mostraram que a chance de brasileiros se vacinarem em cidades estrangeiras de fronteira é de 12,2%.
Já os estrangeiros podem receber a imunização contra o coronavírus em 28% dos municípios brasileiros pesquisados. Em 64,6% isso não acontece.
“A pesquisa evidenciou o problema da falta de cooperação entre municípios fronteiriços que, de modo geral, concentram um constante e intenso fluxo de pessoas e serviços em ambos os lados da fronteira. Essa ausência de cooperação bilateral tem impactos nocivos para a realidade das populações e para a eficácia do processo de contenção da pandemia”, analisa a entidade.
“A CNM espera que esses dados possam ser utilizados de forma a auxiliar os municípios brasileiros nesse momento de extrema dificuldade e que ações concretas sejam realizadas para mitigar os problemas nos sistemas de saúde de todo o país”, diz a confederação.
Os dados do levantamento devem ser encaminhados aos ministérios da Saúde e das Relações Exteriores para amparar possíveis ações de médio e longo prazo entre os territórios.
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O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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