O número de pessoas mortas pela Polícia Civil do Rio de Janeiro durante operação realizada na quinta-feira, 6, na favela do Jacarezinho, na zona norte do Rio, subiu para 27 no final da tarde desta sexta-feira, 7. Até esta quinta-feira eram 24. Um policial civil também morreu durante a operação, fazendo o número total de óbitos chegar a 28. A Polícia Civil não esclareceu em quais circunstâncias essas três novas vítimas foram localizadas.
Mais cedo, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu ao procurador-geral da República, Augusto Aras, uma investigação sobre a operação. O magistrado alertou Aras que a operação no Jacarezinho era um caso grave e que há indícios de execução arbitrária no episódio. Um ofício semelhante foi enviado ao procurador-geral de Justiça do Estado do Rio, Luciano Oliveira Mattos de Souza.
Moradores relataram, nas redes sociais, que houve abuso policial na ação. As denúncias vão desde invasão de residências e confisco de celulares até execução de pessoas e descaracterização das cenas onde houve mortes. "Ouvimos muitos relatos de violação de domicílios, mortes. Muitos muros e portas cravejados de balas", conta Maria Júlia Miranda, defensora pública.