O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, disse nesta segunda-feira (10/5) que "parcela significativa dos jornalistas" brasileiros "é usuária de cocaína".
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Ministério Público do Trabalho pede afastamento de Sergio Camargo Presidente da Fundação Palmares decide tirar 'machado de Xangô' de logotipoFiocruz descumpre promessas em série e só produz 1 de cada 6,5 vacinas"Trabalhei quase 30 anos em algumas das maiores redações de São Paulo. Parcela significativa dos jornalistas é usuária de cocaína. A defesa ferrenha e incondicional que fazem de traficantes pouco ou nada tem a ver com o interesse público. Se é que me entendem...", publicou o dirigente da instituição vinculada ao Ministério da Cultura.
O comentário acompanha um print de uma manchete do jornal Folha de São Paulo, que repercute a reação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao fato. "Sem provas, Bolsonaro classifica mortos de Jacareziniho como traficantes que 'roubam e matam', diz o título da matéria.
Ataques
A postura agressiva e controversa tornou-se marca registrada de Sérgio Camargo. Há menos de 15 dias, em 28 de abril, ele atacou a cervejaria holandesa Heineken. Na ocasião, ele afirmou, também no Twitter, que estrela vermelha que caracteriza o logotipo da empresa é uma alusão ao símbolo do Partido dos Trabalhadores (PT).
No post, Camargo critica uma campanha em prol da diversidade divulgada pela gigante europeia nas redes sociais.
Em maio do ano passado, Camargo ofendeu Zumbi, o líder do Quilombo dos Palmares e que dá nome à instituição que ele atualmente dirige.
Um mês depois, o gestor chamou o movimento negro brasileiro de "escória maldita" formada por "vagabundos".
Em novembro de 2020, excluiu Gilberto Gil, Elza Soares e Martinho da Vila da lista de personalidades negras ilustres, afirmando que, dali em diante, o 'Brasil finalmente teria orgulho'.